
Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,18% na sessão desta terça-feira, aos 137.771,39 pontos. Os principais nomes da Bolsa brasileira tiveram desempenho misto, com avanço de Vale ON (+0,89%) e Banco do Brasil ON (+1,65%), mas, por outro lado, recuo de Petrobras PN (-0,72%), Itaú PN (-0,67%), Bradesco PN (-0,24%) e BTG units (-0,46%). Entre os indicadores econômicos, o IPCA-15 registrou queda de 0,14% em agosto, após alta de 0,33% em julho, informou o IBGE. Esta foi a primeira baixa do índice desde julho de 2023. Apesar da deflação, o número veio pior do que o esperado (-0,21%), fato que fez agentes reduzirem apostas por corte da taxa Selic ainda em 2025.
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com o mercado avaliando a pressão política do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o Federal Reserve. Por um lado, os rendimentos dos Treasuries de curto prazo cederam, à medida que agentes apostam na redução da taxa de juros americana nos próximos meses. Por outro, os rendimentos de longo prazo subiram, diante de temores de que um Fed politizado pode ser mais complacente com a inflação.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,4345, com o real operando na contramão de outras divisas, que se fortaleceram no pregão ante a moeda americana. O dólar perdeu força globalmente diante dos ruídos envolvendo a demissão da diretora do Fed, Lisa Cook, acusada de fraude hipotecária, por Trump. Cook prometeu entrar com uma ação judicial para contestar sua destituição do cargo. O banco central americano declarou que acatará qualquer decisão judicial. A dúvida do mercado é se o presidente dos EUA tem o poder de remover dirigentes do Fed de seus cargos, já que a instituição é independente.

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