
Na contramão do bom humor nos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,59% na sessão desta segunda-feira, aos 141.791,58. Por aqui, prevaleceu a cautela diante um clima política no foco dos mercados, especialmente em relação à semana decisiva sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Bolsa brasileira foi pressionada por nomes do setor bancário, com quedas das units do BTG Pactual (-1,73%), de Banco do Brasil ON (-0,95%), do Bradesco PN (-0,52%) e do Itaú PN (-0,47%). Por outro lado, dois nomes ligados a commodities impediram uma baixa ainda mais acentuada: Petrobras PN (+0,39%) e Vale ON (+0,25%).
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com o índice Nasdaq renovando recorde histórico de fechamento, em ritmo de recuperação, após a divulgação do payroll de agosto na última sexta-feira. As ações de fabricantes de chips Broadcom e Nvidia subiram 3,26% e 0,82%, respectivamente. O mercado se prepara para uma agenda recheada de dados nesta semana, com destaque para o índice de preços ao consumidor (CPI) americano, que será reportado na próxima quinta-feira.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou praticamente estável, em leve alta de 0,09%, cotado a R$ 5,4173, na contramão do movimento global de enfraquecimento da moeda americana, ainda refletindo os dados fracos do payroll na sexta-feira. O real foi impactado pelo resultado das eleições legislativas de Buenos Aires, com ampla derrota do partido do presidente Javier Milei. Outras divisas da América Latina também foram pressionadas como o peso chileno. Somado a isso, o cenário político brasileiro também faz com que operadores adotem cautela.

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