Cautela do Fed eleva Treasuries e dólar, enquanto Nasdaq renova recorde
O Fed cortou os juros em 25 pb para 3,75%–4,00%, mas Jerome Powell afirmou que nova redução em dezembro “não está garantida”, reforçando a ideia de pausa. A decisão teve dissenso (um voto por manutenção e outro por corte de 50 pb), e o banco também anunciou o fim do QT com reinvestimentos em T-bills a partir de dezembro. A fala mais dura elevou os rendimentos (T-note 2y a 3,60%, 10y a 4,07%, T-bond a 4,61%) e fortaleceu o dólar (DXY em alta; euro e libra em queda; iene a 152,84/US$). Petróleo fechou em alta com estoques menores nos EUA e expectativa pelo encontro Trump–Xi, enquanto o ouro virou para queda no eletrônico após subir no fechamento. Em Wall Street, Dow Jones e S&P 500 perderam fôlego, mas o Nasdaq fechou em nova máxima.
Bolsa renova máxima apesar da abertura dos DIs; câmbio segura e DPF recua
Mesmo com a abertura das curvas locais acompanhando os Treasuries após o tom mais conservador de Powell, o Ibovespa marcou o terceiro recorde seguido, aos 148.632,93 pontos (+0,82%), apoiado pelo corte do Fed e pelo otimismo com o encontro Trump–Xi. O dólar à vista terminou estável em R$ 5,3595 após ter ensaiado alta. Nos juros, os DIs avançaram ao longo da tarde, com a leitura de que dezembro pode trazer pausa. Do lado fiscal, o Relatório Mensal da Dívida apontou DPF em R$ 8,122 trilhões (-0,28% m/m) e colchão de liquidez de R$ 1,032 trilhão (-9% m/m).
Bancos sobem com Santander; commodities apoiam Vale; Microsoft cede
A temporada de balanços ajudou o pregão: Santander avançou (+1,60%) após lucro de R$ 4 bilhões, puxando outros bancos. A alta do minério sustentou Vale (+1,82%). No exterior, Microsoft caiu levemente diante de interrupções em serviços de nuvem e expectativa pelo resultado trimestral. Casas de análise destacaram pano de fundo favorável ao rali: o Itaú BBA vê espaço para 150–165 mil pontos por análise gráfica, enquanto o JPMorgan projeta até 155 mil pontos até o fim de 2025, com cortes de juros no Brasil e nos EUA e cenário tarifário mais benigno.

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