Em uma sessão na qual seus principais nomes não definiram sinal único, o Ibovespa ficou praticamente estável, em leve alta de 0,07% nesta quinta-feira, aos 159.189,10 pontos. Por um lado, a Bolsa brasileira foi impulsionada por Vale ON (+1,32%), BTG Pactual units (+2,53%) e Bradesco PN (+1,15%). Por outro, houve pressão negativa de Petrobras PN (-2,13%), em linha com a queda do petróleo, e, com menos intensidade, de Banco do Brasil ON (-0,14%) e Itaú PN (-0,08%). Diante de uma sinalização do Copom de que os juros no Brasil devem permanecer inalterados em 15% por mais tempo do que o mercado esperava, investidores passaram a priorizar ações mais líquidas, com ingresso de capital estrangeiro.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones e S&P 500 no azul – e renovando máximas históricas de fechamento – e o Nasdaq no vermelho. Este último foi pressionado pela queda de 10,82% das ações de Oracle, após a companhia aumentar suas projeções de gastos. A notícia também desencadeou um movimento de migração de papéis de tecnologia para nomes que podem se beneficiar do crescimento da economia americana, um dia depois de o Federal Reserve cortar a taxa de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, em uma faixa entre 3,50% e 3,75%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 1,17%, cotado a R$ 5,4044, com o real se destacando após sinalização cautelosa do Banco Central, afastando a possibilidade de corte de juros na reunião de janeiro e mantendo o horizonte de juros elevados por tempo prolongado. A leitura do mercado é de que o diferencial de juros entre Brasil e EUA segue interessante para o carrego da divisa brasileira em operação conhecida como ‘carry trade‘.

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