Com desempenho inferior ao das bolsas americanas, que não definiram sinal único, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,67%, aos 121.933,08 pontos. Dados domésticos positivos do setor de serviços ficaram em segundo plano, diante da escalada dos casos de covid-19, da pressão fiscal incessante no Brasil e da incerteza política nos Estados Unidos. A Câmara americana, inclusive, aprovou o processo de impeachment contra o presidente Donald Trump, e agora a votação vai para o Senado.
Ainda no exterior, o Livro Bege, divulgado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e considerado um dos mais importantes indicadores da economia americana, deu destaque à covid-19 e afirmou que a recuperação econômica se mantém “incompleta” e que o tom de otimismo das empresas com as vacinas disponibilizadas foi apenas “moderado”.
Entre os destaques da B3, as ações de Carrefour Brasil ON chegaram a subir mais de 6% após a notícia de que a rede canadense Alimentation Couche-Tard estuda a aquisição da rede de supermercados francesa, mas perdeu fôlego ao longo da sessão e teve acréscimo de apenas 1,04%. Outro papel que se sobressaiu foi a Eneva ON, com avanço de 3,67%. Já PetroRio ON subiu 3,90%. Ontem, a companhia informou que a Truxt Investimentos passou a deter 14,01% do capital social da empresa.
Na contramão, as blue chips tiveram um dia negativo. As ações de Vale ON recuaram 2,99%, impactadas pela queda do minério de ferro na China e por um movimento de correção das altas recentes. Assim como a mineradora e o setor bancário, os papéis de Petrobras ON e PN tombaram 4,62% e 4,83%, respectivamente, com investidores projetando um cenário interno de maior pessimismo diante da aceleração de casos do novo coronavírus. Por último, a Ambev ON caiu 3,75%, depois de o Bradesco BBI rebaixar a recomendação de neutra para venda, com preço-alvo de R$ 15,50 por ação.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda pelo segundo dia consecutivo, com desvalorização de 0,23%, cotado a R$ 5,3106. Em um dia volátil, houve a percepção do mercado de que o Fed não fará alterações na política monetária dos EUA no curto prazo, fato que impulsionou a baixa da moeda americana ante o real.

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