Pressionado por fortes quedas de Petrobras e Vale, o Ibovespa caiu 0,80%, aos 118.781,03 pontos. Esta foi o segundo mês de queda consecutiva para o índice, que fechou agosto com uma desvalorização de 2,48%. Novamente os ruídos políticos, fiscais e a crise hídrica trouxeram maior aversão a risco para os investidores.
Em Wall Street, as bolsas americanas registraram leves quedas, em movimento de realização de lucros. No mercado acionário de Nova York, o mês, até aqui, foi marcado por fortes ganhos, com valorização de 3% para o S&P 500, 4% para o Nasdaq e 1,3% para o Dow Jones.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,34%, cotado a R$ 5,1719, alinhado com o cenário de otimismo para as moedas emergentes e combinado com a disputa pela formação da Ptax de fim de mês.
Destaques da Bolsa
Na maior alta do dia na B3, as ações de Braskem PNA aceleraram 5,60%, reagindo à notícia de um possível interesse da Petrobras, a segunda maior acionista da petroquímica, por determinados ativos da empresa. O BTG Pactual afirmou em relatório que os rumores corroboram para uma avaliação de que a venda está “esquentando”.
O setor bancário subiu em bloco, em ritmo de recuperação, deixando de lado ruídos envolvendo Banco do Brasil e Caixa com a Febrabran. Itaú Unibanco PN avançou 1,31%, Bradesco PN registrou alta de 0,43%, BB ON teve acréscimo de 0,56% e as units de Santander ganharam 1,16%.
Já os papéis de MRV ON subiram 1,94%, depois de a empresa anunciar um novo programa de recompra de ações de sua própria emissão. A recompra costuma indicar que as companhias acreditam que o preço de seus próprios papéis estão sendo negociados a preços atrativos no mercado.
Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN tombaram 2,86% e 3,85%, respectivamente, refletindo a sinalização do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou a apoiadores que o governo irá “começar a trabalhar” no preço dos combustíveis. Somado a isso, o petróleo em baixa também pressionou o desempenho da companhia, com o mercado aguardando a reunião da Opep+ na próxima quarta-feira.
Os papéis das mineradoras e siderúrgicas também foram afetados, acompanhando a queda do minério de ferro e reagindo a dados mais fracos do que o esperado na China. Vale ON recuou 1,79%, CSN ON derreteu 5,07%, Gerdau PN se desvalorizou 1,19% e Usiminas PNA teve decréscimo de 0,38%.
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