Assim como nos dois últimos pregões da semana, o Ibovespa teve mais uma sessão volátil, alternando entre altas e baixas. No final do dia, o índice registrou alta de 0,20%, aos 112.461,39 pontos, impulsionado pelo ambiente positivo no exterior e pela recuperação de nomes mais ligados à economia doméstica. Por outro lado, o setor bancário, liderado por Bradesco, pressionou a Bolsa para baixo.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco pelo segundo dia seguido, com maior destaque para a recuperação das empresas de tecnologia. O Nasdaq já subiu cerca de 8% desde seu pior momento em 2022, no dia 27 de janeiro. Ainda assim, investidores se mostram cautelosos com as perspectivas de curto prazo, principalmente em relação à possibilidade de aumento de juros nos Estados Unidos por parte do Federal Reserve.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou queda de 0,64%, cotado a R$ 5,2269, em seu fechamento mais baixo desde 16 de setembro de 2021. Desde o começo do ano, o real tem se destacado entre as principais divisas emergentes em relação à moeda americana. Hoje, o IPCA de janeiro teve alta de 0,54%, em linha com o esperado pelo mercado, reforçando a percepção de arrefecimento do ciclo de juros no País.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de algumas varejistas subiram, impulsionadas pelo desempenho de dezembro do varejo, acima das expectativas do mercado, apesar de estável. Natura ON disparou 7,83%, Alpargatas ON registrou alta de 1,51% e Magazine Luiza ON se valorizou 0,92%.
Já os papéis de tecnologia também tiveram um movimento de recuperação, embalados com o otimismo para o setor no exterior e beneficiados por um fechamento na curva de juros. Méliuz subiu 5,71%, Locaweb ON acelerou 3,46%, Totvs ON teve acréscimo de 1,97%.
As companhias aéreas avançaram, diante de uma retomada para o setor, com a demanda por voos da Azul crescendo 19,5% em janeiro e a taxa de ocupação avançando 5,1%. Para completar, a queda do dólar também ajudou as empresas do segmento. As ações da própria Azul PN subiram 6,44%, enquanto Gol PN avançou 4,22%.
Pelo lado negativo, os grandes bancos recuaram em bloco, liderados por Bradesco, após o banco reportar lucro líquido recorrente de R$ 6,61 bilhões no quarto trimestre de 2021, uma queda de 2,8% na comparação anual, abaixo das expectativas do mercado, com aumento da inadimplência forçando um reforço na provisão para devedores duvidosos. Assim, as ações de Bradesco PN tombaram 8,58%, pior desvalorização em um único dia desde 18 de março de 2020, quando o banco derreteu 11,66%. Ainda no setor bancário, Itaú Unibanco PN perdeu 3,98%, Banco do Brasil ON cedeu 0,87% e as units de Santander caíram 2,13%.
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