Em alta pela terceira sessão consecutiva, o Ibovespa registrou valorização de 0,81%, aos 113.367,77 pontos, embalado pelos principais nomes do índice como Vale, Petrobras e o setor bancário. Ainda é percebido um movimento comprador de ativos locais por parte de investidores estrangeiros, considerando que a Bolsa brasileira está barata e deixando de lado questões domésticas.
Em Wall Stret, as bolsas americanas recuaram em bloco, pressionadas pelo índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que subiu 0,6% em janeiro em relação à dezembro. Analistas do mercado previam uma alta de 0,4%. Assim, na comparação anual, o CPI acumula valorização de 7,5%, maior número desde fevereiro de 1982. O dado de inflação só fortalece o argumento de alta de juros nos Estados Unidos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve alta de 0,29%, cotado a R$ 5,2418, impactado por notícias do exterior após passar a maior parte da sessão em território negativo. A moeda americana se fortaleceu, principalmente, após o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, defender taxas de juros americanas mais altas.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia da B3, alguns nomes do varejo registraram fortes altas, com o mercado refletindo que as empresas do setor, muito descontadas nos últimos meses, podem surpreender no balanço do quarto trimestre de 2021. Via ON disparou 7,43% e Magazine Luiza ON acelerou 5,15%.
Já as blue chips subiram em bloco. As ações de Petrobras ON e PN avançaram 1,71% e 1,53%, respectivamente, apoiadas pelo avanço do petróleo. Vale ON teve acréscimo de 2,69%, acompanhando a alta do minério de ferro, que teve ganho superior a 4% e fechou acima de US$ 150 por tonelada pela primeira vez desde o fim de agosto. Por fim, o setor bancário se recuperou do tombo na véspera. Bradesco PN se valorizou 1,44%, Itaú ON subiu 1,91%, Banco do Brasil ON ganhou 1,10% e as units de Santander tiveram alta de 1,80%.
Pelo lado negativo, as ações de Suzano ON recuaram 3,70%, mesmo após a companhia reportar um lucro líquido de R$ 2,313 bilhões no quarto trimestre de 2021, acima das previsões de analistas. O setor de papel e celulose foi pressionado como um todo por conta de problemas logísticos relacionados à nova onda da covid-19.

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