Mesmo diante de um sentimento positivo em Nova York, o Ibovespa encerrou o pregão estável, sem ganhos nem perdas, aos 110.579,81 pontos. O movimento mais tímido em relação aos mercados acionários globais acontece depois de a Bolsa brasileira apresentar quatro dias consecutivos de valorização.
Em Wall Street, as bolsas americanas adotaram trajetória de alta, especialmente depois da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve em maio, sinalizando que novas elevações de 0,50 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos são apropriadas para os próximos dois encontros, em junho e em julho, no mesmo ritmo da alta observada neste mês. Apesar de não haver nenhuma novidade no documento, o mercado considerou que não ouvir um discurso mais agressivo por parte do Fed já foi positivo.
No mercado de câmbio, o dólar à vista avançou 0,18%, cotado a R$ 4,8209. Depois de iniciar a sessão em trajetória de alta, a moeda americana perdeu força após a divulgação da ata do Fed, mas voltou a ganhar terreno no final do dia. Agentes ainda monitoraram o noticiário envolvendo o projeto de ICMS, que pode ser votado ainda hoje na Câmara dos Deputados.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de algumas varejistas registraram ganhos, em movimento de recuperação, principalmente com o sentimento de alívio após a divulgação da ata do Fed. Via ON disparou 6,27% e Lojas Renner ON subiu 1,55%
As incorporadoras voltadas para o segmento de baixa renda também subiram em bloco, apoiadas por uma perspectiva de novos estímulos do governo federal para o programa Casa Verde e Amarela, além do mercado entendendo que o ciclo de alta de juros no Brasil está chegando ao fim. No Ibovespa, MRV ON acelerou 3,83%.
Já as ações de Rede D’Or subiram 3,46% e as units de SulAmérica avançaram 3,65%, após informação de que a Rede D’Or passou a deter 12% do capital social da empresa de seguros.
Pelo lado negativo, o setor bancário registrou perdas, diante de uma expectativa de que a inadimplência cresça no segundo semestre. Itaú PN cedeu 1,80%, Bradesco PN recuou 1,13% Banco do Brasil ON se desvalorizou 0,61% e as units de Santander tombaram 2,62%.

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