Pressionado por novo dia negativo para os mercados acionários do exterior, o Ibovespa registrou baixa de 0,54%, aos 109.953,65 pontos. Este foi o terceiro pregão consecutivo de desvalorização para o principal índice da B3. Nem mesmo o resultado do IBC-BR de julho, considerado a prévia do PIB, que teve avanço de 1,17% em relação ao mês anterior, acima das expectativas do mercado, foi suficiente para impulsionar a Bolsa brasileira. Esta última também foi penalizada por um movimento de alta dos juros futuros, em movimento semelhante ao visto desde o início da semana.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, diante de dados mistos da economia dos Estados Unidos, com investidores adotando cautela à medida que a reunião de política monetária do Federal Reserve, marcada para a próxima semana, se aproxima. Hoje, os pedidos semanais de seguro-desemprego foram melhores do que o esperado, mas os preços de importação tiveram uma queda menos do que as estimativas sugeriam. Já as vendas no varejo superaram as expectativas, no entanto foram negativas quando excluídos os automóveis. Assim, nenhum indicador econômico conseguiu fazer preço e as preocupações relacionadas à inflação continuaram persistentes.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,18%, cotado a R$ 5,2391, com agentes com menor apetite a risco na sessão desta quinta-feira, buscando mais sinalizações sobre os próximos passos do Fed. Somado a isso, o dia negativo para commodities, especialmente o petróleo, também diminuiu o fluxo para mercados emergentes e exportadores como o Brasil.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Positivo ON dispararam 7,24%, na maior alta da sessão. Na semana, a companhia acumula valorização superior a 10%. Na última terça-feira, o BTG Pactual revisou o preço-alvo dos papéis da companhia de R$ 15 para R$ 17.
Já as ações de Vale ON subiram 2,02%, diante da expectativa do mercado por um anúncio de um pacote de incentivos econômicos por parte do governo chinês. Além disso, o minério de ferro encerrou no campo positivo.
Pelo lado negativo, as ações de EcoRodovias ON tombaram 11,97%, após a companhia arrematar em leilão o bloco de Noroeste Paulista por R$ 1,23 bilhão. Durante o pregão, a empresa teve os negócios suspensos na Bolsa três vezes nesta quinta-feira.
Por fim, a aceleração dos juros futuros voltou a penalizar varejistas. Via ON recuou 4,60%, Petz ON caiu 4,02%, Americanas ON se desvalorizou 3,70% e Magazine Luiza ON cedeu 2,91%.
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