A euforia e o otimismo tomaram conta do mercado financeiro após o resultado do primeiro turno das eleições. Prova disso foi o resultado do Ibovespa nesta segunda-feira, que disparou 5,54%, aos 116.134,46 pontos. Investidores consideraram positiva a composição do Congresso mais voltada para um viés de centro-direita, já que isso, em tese, impediria uma mudança radical das políticas econômicas impostas pelo governo Bolsonaro. A menor distância entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, que disputarão o pleito de presidente no segundo turno, no dia 30 de outubro, também foi outro fator que empurrou o mercado para cima.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, em movimento contrário aos rendimentos dos Treasuries, títulos públicos americanos, de 10 anos, que operaram em queda, com o mercado tentando adotar um movimento de recuperação no primeiro pegão de outubro e do quarto trimestre de 2022.
No mercado de câmbio, o dólar à vista derreteu 4,09%, cotado a R$ 5,1737, com o real registrando o melhor resultado do dia entre as divisas internacionais, também em reflexo ao resultado das eleições do último final de semana.
Destaques da Bolsa
Em uma sessão de ganhos praticamente generalizados, as ações de Sabesp ON aceleraram 16,94%, impulsionadas pelo desempenho de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que liderou a corrida pela cadeira de governador de São Paulo com 42,32% dos votos. O candidato enfrenta Fernando Haddad (PT), que recebeu 35,70% dos votos, no segundo turno, mas é considerado favorito, já que deve receber boa parte dos votos do candidato Rodrigo Garcia, do PSDB. Tarcísio tem um viés favorável a privatizações, o que agrada o mercado.
Já os papéis de empresas estatais do governo federal também refletiram o resultado das urnas. As ações de Petrobras ON e PN subiram 8,86% e 7,99%, enquanto Banco do Brasil ON disparou 7,63%.
Pelo lado negativo, apenas duas ações do setor de educação encerraram a sessão no vermelho: Yduqs ON (-1,59%) e Cogna ON (-0,34%). Antes das eleições, agentes do mercado apostavam em uma postura intervencionista de um possível governo Lula, voltando a fortalecer o programa Fies.

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