Assim como aconteceu no pregão de ontem, a sessão desta terça-feira novamente mostrou uma maior moderação de investidores, cautelosos com a aproximação do segundo turno das eleições, se sobrepondo ao otimismo visto nos mercados acionários de Nova York. Com isso, o Ibovespa registrou queda de 1,20%, aos 114.625,59 pontos, pressionado novamente por papéis sensíveis ao noticiário político, casos de Petrobras e Banco do Brasil. Já os juros futuros permaneceram praticamente inalterados, mesmo após o IPCA-15 de outubro registrar alta de 0,16%, levemente acima das projeções do mercado, encerrando a sequência de dois meses consecutivos de deflação.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, em alta pelo terceiro dia consecutivo, com uma visão do mercado de que o Federal Reserve poderá diminuir o ritmo de aperto monetário depois de sua próxima reunião. Somado a isso, a divulgação de balanços do terceiro trimestre de 2022, especialmente de empresas de tecnologia, e o arrefecimento do rendimento dos Treasuries, títulos públicos americanos, de 10 anos aumentam o apetite a risco.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,37%, cotado a R$ 5,3206, com a cautela pré-eleitoral também fazendo preço e pressionando o real, que operou na contramão do mercado, já que a moeda americana se enfraqueceu ante a maioria das divisas.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, algumas ações mais sensíveis à economia doméstica voltaram a se destacar, beneficiadas por um movimento de queda na curva de juros. Magazine Luiza ON disparou 5,15%, Méliuz ON avançou 3,74% e MRV ON ganhou 1,21%.
As ações do setor de educação também subiram em bloco, sensíveis nas últimas semanas ao noticiário político envolvendo as eleições. Yduqs ON acelerou 4,61% e Cogna ON teve acréscimo de 2,78%.
Pelo lado negativo, as ações de BRF ON derreteram 11,24%, penalizadas pelas denúncias contra a Balance, sua subsidiária no segmento pet. Além disso, o Citi cortou a recomendação da companhia de compra para neutra e reduziu o preço-alvo de R$ 29 para R$ 18, afirmando a empresa deve focar em restaurar a rentabilidade e reduzir os estoques em excesso. Por fim, o BTG Pactual avaliou como negativa a joint venture com a HPDC.
Mesmo com o petróleo operando próximo da estabilidade, as ações de Petrobras ON e PN recuaram 1,50% e 2,10%, respectivamente, dando sequência ao movimento de forte queda visto ontem, principalmente com o mercado adotando uma cautela maior em relação ao resultado das eleições.
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