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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 107 mil pontos, menor patamar desde agosto, com riscos fiscais no radar; dólar sobe a R$ 5,21

Descolado dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou firme queda de 1,67%, aos 107.249,04 pontos, em seu menor patamar de fechamento desde 5 de agosto. Por aqui, pesou o dia pós-aprovação da PEC da Transição no Senado, que admitiu gastos fora do teto no montante de R$ 168 bilhões, por dois anos. Apesar de o valor ficar abaixo dos quase R$ 200 bilhões ventilados, o mercado considerou que a desidratação da proposta seria ainda maior. Agora a PEC segue para a Câmara dos Deputados. Além disso, investidores aguardam amanhã o anúncio de possíveis ministros do governo Lula, adiantando a possibilidade de Fernando Haddad assumir a pasta da Fazenda.

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com o S&P 500 quebrando sua mais longa sequência de perdas desde outubro. Ações de tecnologia que vinham sendo bastante pressionadas tiveram um dia de alívio. A atenção dos investidores, no entanto, continua focada na reunião de política monetária do Federal Reserve da próxima semana, com ampla expectativa por uma elevação de 50 pontos-base na taxa de juros dos Estados Unidos, em um aumento menos do que os últimos quatro promovidos pelo Fed.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,20%, cotado a R$ 5,2161, também repercutindo os riscos fiscais domésticos. Em âmbito global, a moeda americana cedeu em relação a maiorias das divisas fortes.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de Méliuz ON dispararam 8,85%, sem nenhuma notícia específica para a companhia. A empresa, que vem enfrentando forte volatilidade nas últimas sessões, ainda registra a maior desvalorização do setor de tecnologia, com uma perda acumula de 62%, o que também justifica o movimento acentuado de recuperação.

Já os papéis de Vale ON subiram 1,23%, ainda beneficiados por sinais positivos de reabertura da economia chinesa e pela valorização do minério de ferro.

Pelo lado negativo, as companhias aéreas e de turismo recuaram em bloco, refletindo a alta do dólar e de preocupações de investidores em relação à economia local. CVC ON tombou 10,23%, Azul PN cedeu 7,61% e Gol PN caiu 6,82%.

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