Impulsionado pela forte valorização das ações de Petrobras, o Ibovespa registrou alta de 0,18%, aos 108.721,58 pontos, na sessão desta segunda-feira. O índice operou durante praticamente todo o pregão no campo negativo, e só foi mudar de sinal no final do dia. Antes, o mau humor externo e novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o patamar atual da taxa Selic voltaram a pressionar os ativos domésticos. Lula, durante cerimônia de posse de Aloizio Mercadante como presidente do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmou que “não tem explicação para a taxa de juros a 13,5%” e disse que a classe empresarial precisa aprender a reivindicar e reclamar de juros altos, como faziam no passado. Na semana passada, o Banco Central manteve a Selic inalterada em 13,75% ao ano pela quarta reunião consecutiva.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, ao mesmo tempo em que os Treasuries, os títulos públicos americanos, aceleraram, um claro sinal de adoção de cautela para os investidores há pelo menos duas sessões. Depois de um relatório de emprego nos Estados Unidos mostrando um mercado de trabalho ainda bastante aquecido, o mercado agora volta suas atenções para os comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, amanhã.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,51%, cotado a R$ 5,1737, também reagindo ao movimento de fortalecimento da moeda americana em âmbito global, tanto em relação a moedas fortes quanto sobre divisas de países emergentes, e falas de Lula sobre o Banco Central.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN aceleraram 3,63% e 3,99%, respectivamente, acompanhando a recuperação do petróleo no mercado internacional, com agentes precificando uma queda na oferta da commodity após a suspensão das operações em um oleoduto na Turquia por conta do terremoto no país. Ainda no setor, PetroRio ON ganhou 2,56% e 3R ON avançou 2,73%.
Já as units de Santander subiram 3,40%, em um ajuste técnico, depois do banco ser o mais penalizado neste início de fevereiro, depois de reportar o balanço do quarto trimestre de 2022, no dia 2.
Pelo lado negativo, os papéis de BRF ON derreteram 7,25%, de Marfrig ON tombaram 6,75% e de JBS ON perderam 2,90%, com os frigoríficos sendo contaminados pela queda de 71,8% no lucro líquido da Tyson Foods no primeiro trimestre fiscal de 2023, já que as três companhias têm a maior exposição aos Estados Unidos.

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