
Em novo dia de cautela global diante do aumento de preocupações sobre a saúde do setor financeiro, o Ibovespa registrou queda de 0,25%, aos 102.675,45 pontos. Antes mesmo de a sessão doméstica começar, a notícia de que o Saudi National Bank (SNB), um dos principais acionistas do Credit Suisse, descartou a possibilidade de injetar mais capital no banco suíço, trouxe forte aversão a risco para os mercados. No entanto, o movimento de baixa foi atenuado depois que a Bloomberg informou que autoridades do governo suíço estuda opções para estabilizar Credit Suisse. Por aqui, ações ligadas a commodities foram as principais responsáveis por empurrar a Bolsa brasileira para o campo negativo.
Em Wall Street, as bolsas americanas fecharam majoritariamente no vermelho, mas quem mais sentiu a pressão vendedora foram os mercados acionários europeus, cujas perdas ultrapassaram os 3%, com temores de contaminação generalizada para os bancos da região. Em termos de indicadores econômicos, nos EUA, o índice de preços ao produtor (PPI) de fevereiro registrou queda de 0,1% em relação ao mês anterior, abaixo da alta de 0,3% prevista por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal“.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,70%, cotado a R$ 5,2943, em um movimento global de busca por proteção na moeda americana e, consequentemente, por um forte fluxo de saída de divisas emergentes. O real, no entanto, teve um desempenho melhor do que pares no pregão desta quarta-feira.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Méliuz ON dispararam 14,44%, impulsionadas após o BTG Pactual divulgar relatório afirmando que se a companhia tiver posição de caixa mais sólida e positiva no curto prazo, poderá apresentar um valuation mais atraente.
Já nomes do setor bancário não definiram sinal único, com alguns nomes tentando engatar um movimento de recuperação. As ações de Bradesco PN subiram 1,42% e de Banco do Brasil ON avançaram 0,11%, enquanto as de Itaú PN cederam 0,25% e as units de Santander perderam 0,19%.
Pelo lado negativo, as ações ligadas ao petróleo recuaram em bloco, pressionadas pela queda de cerca de 4% da commodity no mercado internacional, diante de um cenário de maior aversão a risco. Assim, os papéis de Petrobras ON e PN caíram 2,44% e 1,77%, respectivamente, de PetroRio ON se desvalorizaram 3,29% e de 3R ON tombaram 3,58%.
As mineradoras e siderúrgicas também tiveram uma sessão negativa, também influenciadas negativamente pelo ambiente de incertezas instaurado nesta quarta-feira. Vale ON teve queda de 3,01%, Gerdau PN desacelerou 4,66% e CSN ON derreteu 6,04%.

Deixe um comentário