Em queda pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,24%, aos 108.967,03 pontos, em uma sessão marcada por baixa de papéis ligados a commodities como Petrobras e Vale. Nomes mais ligados à economia doméstica e, consequentemente, mais sensíveis à curva de juros, até iniciaram o pregão no campo positivo, impulsionados pelo IGP-M de maio que registrou deflação de 1,84% e reforçou a perspectiva de início do ciclo de corte de juros no Brasil, mas mudaram de sinal diante de um sentimento de maior aversão a risco.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único na volta do feriado de Memorial Day nos Estados Unidos, com o mercado adotando cautela de olho nas negociações entre democratas e republicanos sobre a ampliação do teto da dívida americana. Agentes esperam que a votação na Câmara possa ocorrer na quarta-feira (31), antes de ir para o Senado. O prazo em que os EUA têm recursos financeiros para honrar dívidas é até 5 de junho, próxima segunda-feira. Além disso, a preocupação com a possibilidade de outro aumento da taxa de juros americana também pesou no sentimento dos investidores, com traders precificando uma chance de 68,8% de uma elevação por parte do Federal Reserve no próximo mês.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,60%, cotado a R$ 5,0423, em linha com o sentimento de maior cautela no exterior, com investidores em busca da moeda americana como proteção, especialmente em relação a divisas emergentes. Ontem à noite, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que há “uma notícia boa” na economia, com a inflação parecendo que irá engrenar uma melhora, ainda que lenta.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, os papéis de IRB Brasil ON subiram 4,31%, na maior alta do pregão, sem notícia específica para a empresa.
Já as ações de Hapvida ON aceleraram 4,36%, consideradas descontadas pelo mercado e beneficiadas pela queda dos juros futuros. Apesar disso, a companhia operou na contramão de nomes dos setores de saúde, varejo, educação e varejo, segmentos mais sensíveis aos juros.
Pelo lado negativo, as ações de Petz ON se desvalorizaram 3,72%, liderando as perdas entre as varejistas, movimento que se intensificou após os juros futuros perderem fôlego na sessão.
Por fim, os papéis ligados a commodities como petróleo e minério de ferro recuaram em bloco. CSN ON perdeu 3,77%, Usiminas PNA cedeu 2,89% e Gerdau PN se desvalorizou 2,53%, com troca de posições na Bolsa. Já PetroRio ON caiu 2,82% e 3R ON teve baixa de 2,42%, pressionadas pela queda de superior a 4% do petróleo no mercado internacional.

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