Após duas sessões consecutivas de alta, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,73% na sessão desta quarta-feira, aos 117.535,10 pontos, após o governo central reportar déficit primário de R$ 35,933 bilhões em julho, o segundo pior resultado para o mês em termos reais na série histórica, calculada desde 1997, informou o Tesouro Nacional. Em coletiva, o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Tesouro, David Rebelo Athayde, afirmou que “tudo caminha para que tenhamos” um déficit primário de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com o índice S&P 500 subindo pelo quarto dia seguido, depois de o relatório de empregos do setor privado ADP de agosto apontar para a criação de 177 mil vagas, abaixo dos 200 mil postos de trabalho projetados. Já o PIB do segundo trimestre de 2023 dos Estados Unidos cresceu 2,1%, também aquém dos 2,4% estimados. Ambos os números apontam para um desaquecimento da maior economia do mundo por conta do processo de aperto monetário promovido pelo Federal Reserve. Assim, o mercado aumenta as apostas para o fim do ciclo de alta de juros nos EUA.
No mercado de câmbio, o dólar à vista à vista subiu 0,30%, cotado a R$ 4,8692, na contramão do movimento de enfraquecimento da moeda americana em âmbito global, com agentes demonstrando maior apetite a risco após dados de emprego e de atividade abaixo do esperado nos Estados Unidos. No entanto, o real não conseguiu se beneficiar de um ambiente externo favorável e foi pressionado pelo noticiário fiscal doméstico.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de CVC ON dispararam 17,09%, dando sequência ao movimento de alta visto ontem, após pedido de recuperação judicial da 123 Milhas.
Pelo lado negativo, as ações de Via ON cederam 6,99%, com a possibilidade de aumento de capital da companhia, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que será realizada na próxima sexta-feira (1º).
Já a alta em agosto de 0,24% do INCC, que compõe o IGP-M, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), pressionou as construtoras. Assim, Eztec ON caiu 2,56%, MRV ON se desvalorizou 2,10% e Cyrela ON registrou baixa de 1,66%.

Deixe um comentário