
Impulsionado pelas ações de Vale e Petrobras, e por dados de atividade doméstica melhores do que o esperado, o Ibovespa registrou valorização de 1,86% na sessão desta sexta-feira, aos 117.892,96 pontos. Por aqui, o PIB do segundo trimestre de 2023 cresceu 0,9% em relação aos três meses anteriores, acima das expectativas de avanço de 0,3%. Assim, os juros futuros recuaram e nomes mais cíclicos da Bolsa brasileira também foram impactados positivamente. Na semana, o principal índice da B3 acumulou alta de 1,77%.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, em uma sessão de apetite reduzido. Investidores reagiram ao payroll de agosto, com criação de 187 mil vagas, acima dos 170 mil postos de trabalho adicionais projetados pelo mercado. No entanto, a taxa de desemprego dos EUA subiu para 3,8%, acima das estimativas de manutenção de 3,5%, enquanto o salário médio por hora aumentou 4,29% em base anualizada, o que pode ser um indicativo de que a política monetária promovida pelo Federal Reserve está fazendo efeito no mercado de trabalho americano, fazendo com que investidores aumentem apostas por manutenção da taxa de juros dos EUA na próxima reunião de setembro.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,21%, cotado a R$ 4,9405, na contramão do movimento de valorização da moeda americana ante uma cesta de pares fortes. O real foi beneficiado pela visão de agentes de que o PIB brasileiro deve crescer mais ao final de 2023 especialmente após o dado considerado surpreendente do segundo trimestre. Na semana, o dólar subiu 1,23%.
Destaques da Bolsa
Entre os principais destaques da B3, as ações de CVC ON aceleraram 4,44%, ainda beneficiadas pela crise envolvendo a 123 Milhas, que pediu recuperação judicial nesta semana. Além disso, a sessão de maior apetite a risco também beneficia nomes mais cíclicos da Bolsa.
Já os papéis de Vale ON ganharam 5,85%, mesmo em um pregão tímido para o minério de ferro, com notícias de novos estímulos da China para o setor imobiliário.
Pelo lado negativo, as ações de Méliuz ON recuaram 5,51%, depois da companhia ter sua saída do Ibovespa confirmada na terceira prévia da carteira teórica do índice, que começa a vale a partir da próxima segunda-feira (4).

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