Impulsionado pelo bom humor nos mercados acionários de Nova York e pelo forte desempenho de papéis ligados a commodities, entre eles Petrobras e Vale, que foram puxados pelo avanço do petróleo e do minério de ferro, o Ibovespa registrou alta de 1,03% na sessão desta quinta-feira, aos 119.391,55 pontos. Esta foi a quarta valorização consecutiva do principal índice da B3. As empresas ligadas a commodities foram beneficiadas pelo anúncio do Banco do Povo da China (PBoC) que cortou taxas de compulsórios bancários, visando acelerar o crescimento econômico do país.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, diante de um cenário global de maior apetite a risco, após decisão do Banco Central Europeu (BCE) em elevar as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, seu 10º aumento consecutivo, e dados de inflação ao produtor (PPI) de agosto, que subiu 0,7% em relação ao mês anterior, acima do esperado pelo mercado, mas que não alterou a visão de manutenção de juros por parte do Federal Reserve nas próximas reuniões. Além disso, o destaque do dia ficou por conta das ações de Arm, que fecharam com valorização de quase 25% na Nasdaq depois do IPO.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,91%, cotado a R$ 4,8727, com o real liderando os ganhos entre as moedas emergentes ante a divisa americana, beneficiado por uma série de medidas da China para gerar mais liquidez nos mercados e aumentar a confiança dos investidores, com ações nos mercados imobiliário e financeiro.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as mineradoras e siderúrgicas avançaram em bloco, diante do maior otimismo relacionado à China e da alta do minério de ferro na sessão. Vale ON acelerou 3,65%, CSN ON subiu 3,65% e CSN Mineração ON se valorizou 3,26%.
Já os papéis de Petrobras ON e PN ganharam 2,94% e 2,54%, respectivamente, alinhadas com a valorização superior a 2% do petróleo no mercado internacional, com a commodity atingindo seu maior nível em 10 meses.
Pelo lado negativo, as ações do Grupo Casas Bahia ON, antiga Via, derreteram 18,92%, depois de a companhia fixar o preço da emissão em R$ 0,80 por ação, com o follow-on movimentando R$ 622,9 milhões.
Por fim, as companhias aéreas cederam, pressionadas pela valorização do petróleo, que aumenta os custos do segmento. Assim, Azul PN tombou 4,31% e Gol PN cedeu 3,09%.
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