Diante de um apetite a risco reduzido no exterior, o Ibovespa registrou baixa de 0,40% na sessão desta segunda-feira, aos 118.288,21 pontos. Por um lado, o principal índice da B3 por pressionado pela queda das ações ligadas ao minério de ferro, que também operou no vermelho, enquanto os papéis de Petrobras subiram, amenizando as perdas. O mercado segue cauteloso em semana marcada pela decisão de política monetária no Brasil, na próxima quarta-feira (20), e em outras economias desenvolvidas importantes. Por aqui, a ampla expectativa dos agentes gira em torno de um corte de 0,50 ponto percentual para a Selic, levando a taxa básica de juros a 12,75% ao ano. Além disso, o mercado ficará atento ao comunicado emitido pelo Banco Central sobre os próximos passos.
Em Wall Street, as bolsas americanas operaram praticamente sem fôlego, com o mercado à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve, que também sai na quarta-feira, com agentes precificando uma manutenção dos juros nos Estados Unidos, que pode significar o fim do ciclo de elevações por lá. O mercado precifica uma probabilidade de 31% de alta de juros na reunião de novembro do Fed. Além dos EUA, teremos decisões na China (terça-feira), Inglaterra (quinta-feira) e Japão (sexta-feira).
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,31%, cotado a R$ 4,8561, em linha com o movimento de leve desvalorização da moeda americana ante outras divisas. Os ganhos do real foram freados após a balança comercial brasileira apontar para uma desaceleração no crescimento semanal de exportações. No acumulado de setembro, o Brasil registra superávit comercial de R$ US$ 5,741 bilhões.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Braskem PNA aceleraram 5,84%, diante de uma expectativa de que a Petrobras aceite a venda de sua parcela da petroquímica pela proposta feita pela Apollo e a Adnoc, apontada como a melhor.
Já os papéis de Yduqs ON subiram 4,74%, após uma visão macroeconômica mais positiva exposta pelo Boletim Focus, com revisão baixista para o IPCA em 2023 e 2024.
Pelo lado negativo, as ações de Via ON tombaram 3,95%, dando prosseguimento ao movimento de desvalorização desde que anunciou seu follow-on na última semana, que movimentou R$ 623 milhões, mas abaixo da expectativa de captação de R$ 1 bilhão.
Por fim, as ações de Vamos ON recuaram 5,66%, acumulando perdas superiores a 15% desde que ingressou no Ibovespa. A pressão acontece depois de JPMorgan e Bank of America rebaixarem a nota de recomendação da companhia.
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