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Fechamento B.Side: Ibovespa sobe aos 116 mil pontos em sessão de menor aversão a risco global; dólar recua, mas permanece acima dos R$ 5

No último pregão de setembro e do terceiro trimestre de 2023, o Ibovespa registrou leve alta de 0,72% na sessão desta sexta-feira, aos 116.565,17 pontos. O principal índice da B3 operou alinhado com os mercados acionários globais que também fecharam próximos da estabilidade, em pregão marcado por novos dados de inflação nos Estados Unidos e na zona do euro, que vieram em linha com o esperado, e assim aliviaram as curvas de juros globais. A Bolsa brasileira foi impulsionada também por valorização de 1% de Vale ON, alinhada com a resiliência do minério ferro. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 0,47% e encerrou o mês com avanço de 0,71%.

Em Wall Street, as bolsas americanas até tentaram engatar um movimento mais acentuado de recuperação, mas a cautela voltou a prevalecer com a greve do sindicato americano United Auto Workers (UAW), que expandiu uma paralisação para uma fábrica da Ford Motor em Chicago e a uma da General Motors no Michigan, adicionando quase 7 mil trabalhadores aos cerca de 18 mil membros do UAW já em greve. Além disso, a Câmara dos Estados Unidos rejeitou uma proposta orçamentária que poderia evitar a paralisação do governo a partir do próximo domingo. Uma nova votação foi marcada para amanhã.

Hoje, o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, declarou que o banco central americano terá que manter os juros em patamar restritivo “por algum tempo” para restaurar o equilíbrio entre a demanda e a oferta, além de trazer a inflação de volta à meta de 2%, estabelecida pelo Fed. O discurso em si não trouxe novidades, mas reforçou a visão do mercado de que os juros nos EUA devem permanecer altos por tempo mais prolongado do que o esperado.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,26%, cotado a R$ 5,0268, em linha com o movimento de recuo da moeda americana em âmbito global, que se enfraqueceu por conta da queda dos rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos, especialmente a ponta mais curta. Apesar da queda nesta sexta-feira, o dólar acumulou valorização de 1,91% na semana e de 1,52% no mês de setembro.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, papéis que foram bastante penalizados nas últimas sessões adotaram movimento de recuperação nesta sexta-feira, com volatilidade ditando o histórico recente desses nomes na Bolsa. Casas Bahia ON disparou 6,78%, enquanto IRB Brasil ON acelerou 5,36%.

Além disso, a queda dos juros futuros impulsionou nomes mais cíclicos do Ibovespa. Pão de Açúcar ON subiu 4,17%, MRV ON avançou 3,79%, Magazine Luiza ON teve acréscimo de 3,42% e Locaweb ON ganhou 2,90%.

Pelo lado negativo, em um pregão de trocas de posições setoriais, nomes considerados mais defensivos, como é o caso de companhias elétricas, figuraram entre as principais perdas do dia. CPFL Energia ON cedeu 1,61%, enquanto as units de Energisa ON perderam 1,06%.

Por fim, as ações de CVC ON tombaram 3,02%, na maior queda do Ibovespa, em movimento de realização de lucros.

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