Pressionado pelo desempenho negativo das ações ligadas a commodities, principalmente Petrobras e Vale, e pelo mau humor nos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 1,08% na sessão desta segunda-feira, aos 126.802,79 pontos. O pregão marcado pelo avanço dos juros futuros domésticos, que estiveram alinhados com os juros americanos, também pressionou papéis mais sensíveis à economia local, entre elas varejistas e companhias aéreas.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, em um movimento de realização de lucros, após cinco semanas consecutivas de ganhos. Na sexta-feira, por exemplo, o índice S&P 500 atingiu suas máximas desde março de 2022. A recuperação dos mercados acionários acontece em meio a uma leitura do mercado de que o Federal Reserve poderá iniciar seu ciclo de corte de juros no primeiro semestre ou até no primeiro trimestre, com projeções mais otimistas. Entre as principais perdas do dia, as ações de tecnologia se destacaram negativamente, devolvendo uma pequena parte dos ganhos adquiridos nos últimos meses. Nvidia caiu 2,68%, Alphabet cedeu 2,02% e Netflix perdeu 2,54%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 1,39%, cotado a R$ 4,9487, com a moeda americana ganhando terreno ante as divisas emergentes, por conta do forte avanço dos rendimentos dos Treasuries. O movimento também é uma correção à queda do dólar visto na semana passada.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Engie ON subiram 1,31%, na busca do mercado por papéis considerados mais defensivos.
Pelo lado negativo, as ações de Gol PN derreteram 9,19%, após a companhia informar na última sexta-feira (1º) que contratou a Seabury Capital, uma das principais consultorias financeiras do setor de aviação, para uma ampla revisão de sua estrutura de capital, o que aumentou a preocupação do mercado quanto ao endividamento da empresa. Ainda no setor, Azul PN tombou 5,82%.
As ações de Vale ON perderam 2,25%, em linha com a desvalorização do minério de ferro na China por conta de aumento dos estoques de aço na segunda maior economia do mundo.
Por fim, os papéis de Petrobras ON e PN perderam 1,96% e 2,13%, respectivamente, pressionados pela baixa do petróleo, diante da percepção de que os cortes voluntários de produção da Opep+ são insuficientes para manter a oferta apertada.

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