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Fechamento B.Side: Ibovespa se aproxima dos 132 mil pontos com bom humor externo e renova máxima histórica; dólar cai a R$ 4,86 após ata do Copom

Apoiado pelo bom humor nos mercados acionários globais, o Ibovespa registrou valorização de 0,59% na sessão desta terça-feira, aos 131.850,90 pontos, renovando sua máxima histórica de fechamento. No pico intradiário, a Bolsa brasileira tocou os 132 mil pontos. Hoje, a agência de classificação de risco S&P elevou o rating do Brasil de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável, após a aprovação da reforma tributária, que representa, segundo a empresa, uma “revisão significativa do sistema tributário e provavelmente se traduzirá em ganhos de produtividade no longo prazo”. Apesar disso, a S&P afirmou que os déficits fiscais permanecerão grandes. Mais cedo, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Copom, sem grandes novidades, porém com a autoridade monetária brasileira fechando as portas para uma aceleração do ritmo de cortes da taxa Selic e ancorando que as próximas decisões devem seguir com reduções de 50 em 50 pontos-base.

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com o índice Dow Jones renovando sua máxima histórica de fechamento e o S&P muito próximo de bater seu recorde, de dezembro de 2021. Os mercados acionários se encheram de otimismo desde que o Federal Reserve confirmou que o ciclo de alta de juros se encerrou nos Estados Unidos, além de indicar três possíveis cortes de juros em 2024, diante de sinais de arrefecimento da inflação. A retração dos rendimentos dos Treasuries também foi essencial na tomada de maior risco por parte dos investidores.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,83%, cotado a R$ 4,8639, em linha com o movimento generalizado de enfraquecimento da moeda americano em âmbito global, com investidores demonstrando maior apetite a risco por divisas de emergentes e exportadores de commodities. Além disso, a postura mais dura do Copom, ao contrário de bancos centrais como o Fed e o Banco do Japão (BoJ), auxiliou na continuidade de apreciação do real. Na mínima do dia, o dólar alcançou o patamar de R$ 4,8579, nível não visto desde 20 de novembro.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de Braskem PNA dispararam 7,16%, após o presidente Lula afirmar que, se for necessário, a Petrobras aportaria recursos na petroquímica para que o pagamento de indenizações não atrapalhe a venda da empresa.

Já os papéis de Azul PN subiram 2,26%, depois de o BTG Pactual escrever, em relatório, que enxerga espaço para uma recuperação sustentada da ação, apoiada por um impulso mais forte da indústria, um aumento da estrutura de capital e tendências macroeconômicas mais favoráveis.

Pelo lado negativo, as ações de Gerdau PN recuaram 2,46%, depois de o Itaú BBA rebaixar a recomendação da companhia de compra para neutra e corta o preço-alvo de R$ 30 para R$ 26.

Por fim, as ações de Embraer ON cederam 2,74%, pressionada pela queda do dólar, e em movimento de realização, já que a empresa cumula alta de 5,77% em dezembro e avanço de 58,91% em 2023.

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