Em sessão marcada por baixíssima liquidez por ser o último pregão do ano de 2023 aqui no Brasil, o Ibovespa fechou praticamente estável, em leve queda de 0,01% nesta quinta-feira, aos 134.185,24 pontos. Em um movimento de realização de lucros e baixa das commodities, os principais nomes da Bolsa brasileira, casos de Petrobras e Vale, operaram no campo negativo. Na semana, o principal índice da B3 subiu 1,07%, no mês avançou 5,38% e encerrou o ano de 2023 com valorização de 22,28%.
Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um conjunto de novas medidas que serão enviadas ao Congresso para auxiliar no objetivo do governo de zerar o déficit fiscal em 2024. Haddad explicou que as medidas visam combater o “gasto tributário” e não são receita adicional, e simplesmente substituem a perda de arrecadação. Entre os indicadores econômicos, o IPCA-15 de dezembro registrou alta de 0,40%, acima das projeções do mercado, o que, segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, “acende um sinal de alerta”, mas não muda o plano de voo do Banco Central. Já o mercado de trabalho brasileiro registrou abertura líquida de 130.097 vagas com carteira assinada em novembro, segundo dados do Caged.
Em Wall Street, as bolsas americanas também tiveram desempenhos tímidos por conta da aproximação do final do ano. O índice S&P 500 ficou à beira de bater seu recorde histórico de fechamento, alcançado em janeiro de 2022, aos 4.796,56 pontos. Ainda com mais um pregão em Nova York, os índices Dow Jones e S&P caminham para terminar o ano de 2023 em alta de quase 14% e 25%, respectivamente, enquanto o Nasdaq deve ter seu melhor ano de 2003, ao subir mais de 44%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou alta de 0,43%, cotado a R$ 4,8534, em linha com o movimento de valorização da moeda americana em âmbito global, justificado pelo avanço dos Treasuries, os títulos públicos americanos, depois de um leilão nos Estados Unidos para papéis de sete anos, que tiveram a menor demanda de estrangeiros desde março deste ano. Assim, o dólar encerrou a semana em queda de 0,16%, o mês em recuo de 1,25% e o ano de 2023 com desvalorização de 8,08%, maior baixa anual desde 2006.
Deixe um comentário