Na contramão do bom desempenho dos mercados acionários de Nova York e pressionado por Vale e pelo setor bancário, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,36%, aos 128.502,66 pontos. O principal índice da B3 só não teve uma queda ainda mais forte por conta do avanço dos papéis de Petrobras. A semana dos mercados será marcada por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, na quarta-feira, e na Inglaterra, na quinta-feira. Por aqui, a ampla expectativa gira em torno de um corte de 0,50 ponto percentual pelo Copom, mas a sinalização do Banco Central sobre os próximos passos será o que de fato agentes irão monitorar.
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com investidores demonstrando apetite a risco em uma semana que será marcada pela divulgação de balanços corporativos do quarto trimestre de 2023 das principais big techs, casos de Microsoft, Apple, Meta, Alphabet e Amazon. Somado a isso, o Federal Reserve deverá anunciar a manutenção dos juros entre 5,25% e 5,50%, contudo o mercado ainda tenta antecipar quando será iniciado o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,71%, cotado a R$ 4,9459, em linha com a desvalorização de moedas emergentes na comparação com a divisa americana. Além disso, operadores apontaram para um movimento de saída de capital estrangeiro do País na sessão desta segunda-feira. Desde o início de 2024, o fluxo para a Bolsa brasileira é negativo.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Assaí ON aceleraram 4,78%, na contramão do setor varejista, que operou no vermelho no pregão de hoje.
As ações de Petrobras ON e PN subiram 1,53% e 0,95%, respectivamente, em sentido contrário à queda superior a 1% do petróleo no mercado internacional. A conclusão da perfuração do poço exploratório na Margem Equatorial foi considerado como positivo por analistas.
Pelo lado negativo, as ações de Gol PN derreteram 33,62%, após notícia de que a companhia aérea conseguiu a aprovação da Justiça de Nova York para acessar um empréstimo de US$ 950 milhões. Em 2024, os papéis da companhia aérea registram queda de 56,19%.
As ações de Magazine Luiza ON, que operaram no azul durante a maior parte do dia, mudaram de sinal e encerraram em baixa de 0,48%, após a companhia anuncia aumento de capital de até R$ 1,25 bilhão, com dinheiro da família Trajano e participação do BTG Pactual.

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