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Com rentabilidade de 42% em 2020, fundo long biased da Sharp Capital fica disponível para captação no BTG por dois dias

Com rentabilidade de 42% em 2020, fundo long biased da Sharp Capital fica disponível para captação no BTG por dois dias

O fundo de ações Sharp Long Biased, produto mais novo da gestora Sharp Capital e com um patrimônio líquido superior a R$ 1,2 bilhão, estará disponível para investimento na plataforma do BTG Pactual entre os dias 26 e 27 de janeiro. Constituído em dezembro de 2018, o fundo nasceu, principalmente, da vontade da asset de juntar as estratégias do Equity Value e do Long Short 2x. Desde então, ele gerou um retorno de 92,75% aos investidores até dezembro de 2020 contra 9,05% do CDI no mesmo período. No ano passado, o fundo acumulou alta de 41,93% ante 2,76% do CDI.

O Sharp Long Biased, com aplicação mínima inicial de R$ 50 mil e liquidação de 92 dias, também se destaca pelas quedas muito menos expressivas quando comparado ao Ibovespa, com o objetivo de ser um ativo de preservação de capital.

Características do Sharp Equity Value e do Sharp Long Short 2x

O Sharp Equity Value, fundo de ações long only clássico com dez anos de track record (histórico de rentabilidade), é o único produto da casa disponível atualmente para aplicação no BTG. O fundo está 95% comprado, com 5% de caixa, e tem como principais nomes de seu portfólio os papéis de Mercado Livre, Eztec, Cyrela, XP, Natura, Localiza, Locamerica (Unidas) e NotreDame Intermédica. “Não costumamos montar as carteiras em termos setoriais, mas é claro que há uma atenção especial se estamos posicionados em determinado setor”, diz Bernardo Brando, COO da Sharp Capital.

Já o fundo Sharp Long Short 2x foi lançado em 2015 e abriu para captação pela última vez em 2018. Entre as principais características, o produto conta com quatro subestratégias (clássica de pares, carteira contra carteira, carteira contra índice e estratégia de bond contra equity), sendo muito pulverizado e com uma forte descorrelação do fundo com o Ibovespa. O que diferencia o Long Short 2x do Long Biased é o fato do primeiro ter algumas posições ilíquidas, não sendo replicado no segundo. “Conseguimos importar boa parte do Long Short 2x para o Long Biased sem disputar a parte mais ilíquida da carteira, que também é a mais difícil”, explica Brando.

Para isso, a Sharp Capital criou um filtro de liquidez automático, permitindo que papéis com uma negociação superior a R$ 30 milhões diários vão tanto para o Long Short 2x como para o Long Biased, enquanto os ativos de menor liquidez vão só para o Long Short 2x. Vale ressaltar que 80% a 85% do retorno histórico do fundo Long Short 2x veio das posições mais líquidas, e nestas há mais facilidade de conseguir um aluguel ou buscar a precificação razoável de opções para shortear.

Prismas de investimento da casa

A filosofia de investimentos da Sharp Capital gira em torno de três pilares. O primeiro é baseado na análise fundamentalista, na qual a casa se propõe a ter um conhecimento profundo sobre cada companhia, com a cobertura focada em poucos cases. Cada analista, em uma equipe formada por sete pessoas, cobre cerca de 20 empresas. Além disso, há a formação de pares de discussão, com gestores e analistas debatendo a respeito de cada companhia.  “Assim buscamos maximizar a discussão de qualidade e aumentar a profundidade”, afirma Brando.

O segundo ponto gira em torno do círculo de competência da asset, com foco em empresas brasileiras, podendo até comprar companhias nacionais listadas lá fora ou estrangeiras que têm parte relevante de suas operações no Brasil. Por último, um dos principais objetivos da casa é a preservação de capital, sempre buscando um retorno desproporcionalmente maior ao risco que está correndo. O risco é discutido no processo de investimento, com analistas e gestores discutindo desde o tamanho adequado da posição até o case em si. “No mercado acionário, ter 5% ou 10% de Mercado Livre faz uma diferença brutal na carteira”, exemplificou o COO.

Principais nomes da Sharp Capital

A Sharp Capital, asset com mais de R$ 5 bilhões sob gestão, tem uma história vinculada com a carioca GAP Asset Management, quando houve uma cisão do time da área de renda variável em outubro de 2018. A casa tem como seus principais nomes Ivan Guerra, CIO da gestora, com uma história de pelo menos 17 anos, além dos três gestores, por ordem de longevidade, Marcelo Clark, ex-SPX, Thiago Di Blasi, ex-Dynamo, e Leandro Goulart, ex-BBM e ARX.

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