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Fechamento B.Side: Ibovespa fecha semana com queda de quase 2% aos 115 mil pontos com pessimismo doméstico e externo; dólar sobe a R$ 5,47

A recuperação vista ontem no Ibovespa depois de seis pregões no vermelho foi passageira. Os investidores voltaram a demonstrar forte aversão ao risco, levando o índice a cair 3,21%, aos 115.067,55 pontos, em linha com a queda nas bolsas de Nova York. A Bolsa registrou perdas de 1,97% na semana.

Com a aproximação das eleições das presidências da Câmara e do Senado, o mercado ainda vê um cenário político incerto, com o presidente Jair Bolsonaro demonstrando apoio à candidatura de Arthur Lira (PP-AL) para ocupar o lugar de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara.

O cancelamento em cima da hora do ministro da Economia, Paulo Guedes, para participar do Fórum Econômico Mundial também trouxe certo incômodo ao mercado. Operadores do mercado também citaram que o cancelamento do ponto facultativo do Carnaval em São Paulo não agradou. Além disso, a possibilidade de greve dos caminhoneiros na semana que vem segue no radar, mas parece perder cada vez mais força após algumas entidades se manifestarem contra a paralisação na segunda-feira. O Ministério da Infraestrutura segue batendo na tecla de que não acredita em uma adoção em massa da greve.

Em um dia de pessimismo generalizado, apenas duas ações fecharam com valorização no Ibovespa: Braskem PNA e Marfrig ON. A primeira teve valorização de 1,64%, enquanto a segunda avançou 0,08%. Fora do índice, a estreante Vamos Locação encerrou o dia em forte aceleração de 19,42%.

Diante de uma queda generalizada por conta das incertezas do curto prazo, os papéis de Petrobras PN tombaram 3,85%, acompanhando o movimento de baixa do petróleo no mercado internacional. O setor bancário e de empresas ligadas a commodities também teve um dia de intensa pressão vendedora, com a Vale ON recuando 3,46% e o Itaú Unibanco PN se desvalorizando 3,57%.

As ações de IRB Brasil ON perderam 6,13%, interrompendo o possível movimento especulativo que tomou conta da companhia no pregão de ontem, quando disparou quase 18%.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,71%, cotado a R$ 5,4745, também refletindo um cenário doméstico mais nebuloso. Além disso, prevaleceu a força dos investidores comprados na moeda americana, na disputa pela última Ptax do mês.

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