Ruídos políticos voltaram a atrapalhar o desempenho do Ibovespa, que registrou baixa de 0,64%, aos 118.430,53 pontos, no pregão desta sexta-feira. Na semana, o índice teve queda de 0,84%. No exterior, o clima foi mais positivo, com indícios de retomada econômica na Europa e com a diminuição de casos e mortes por covid-19 em vários países do mundo. Avanços na tramitação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão nos EUA também permaneceram no radar.
Por aqui, o grande destaque do dia na B3 foi o tombo de 7,92% e 6,63% das ações ON e PN de Petrobras, respectivamente, com o mercado temeroso por uma interferência do presidente Jair Bolsonaro na estatal, principalmente em relação a algum tipo de ingerência nos preços dos combustíveis, sobretudo no diesel. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, está entre os cotados para assumir a presidência da Petrobras no lugar do atual mandatário Roberto Castello Branco.
Já as ações de IRB Brasil ON recuaram 3,91%, penalizadas pelo resultado do balanço do quarto trimestre de 2020. O ressegurador registrou prejuízo líquido de R$ 620 milhões, revertendo lucro de R$ 654,4 milhões no mesmo período do ano anterior.
Pelo lado positivo, os papéis de B2W ON dispararam 6,81%, se recuperando da forte queda de quase 4% do dia anterior. Há uma notícia de que a companhia iniciou estudos junto com a Lojas Americanas para combinar as operações.
Novamente as ações das mineradoras e das siderúrgicas subiram em bloco, auxiliando o índice a conter perdas maiores. Vale ON avançou 0,38%, CSN ON subiu 3,22% e Usiminas PNA registrou alta de 0,94%. As duas últimas companhias, inclusive, ampliaram ganhos depois do S&P elevar seus ratings.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve uma sessão de alívio e recuou 1,02%, cotado a R$ 5,3854, ignorando os ruídos internos. Na semana, a moeda americana registrou alta de 0,20%.
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