Pressionado, principalmente, pelo tom de maior aversão ao risco que se instalou no exterior, o Ibovespa registrou queda de 2,95%, aos 112.256,36 pontos. Somado aos ventos desfavoráveis lá fora, o índice também foi prejudicado pela indefinição sobre a votação da PEC Emergencial, que vai liberar o auxílio emergencial. A proposta só deverá ser votada no Senado na próxima quarta-feira.
Em Wall Street, as bolsas de NY fecharam em forte queda, com o mercado temeroso com a trajetória de inflação nos Estados Unidos. Um dos sintomas foi a aceleração dos juros da T-note de 10 anos, batendo a marca de 1,50%, em sua máxima em mais de um ano.
Por aqui, apenas dois papéis terminaram o dia em alta na B3. Multiplan ON subiu 0,45%, enquanto Telefônica Brasil ON ganhou 0,29%.
Pelo lado negativo, os resultados trimestrais dos balanços foram responsáveis pelas maiores baixas. As ações de Weg ON se destacaram no vermelho, com desvalorização de 8,30%, pressionadas por uma postura cautelosa adotada pela companhia após divulgação dos números. Já os papéis de Ultrapar ON tombaram 7,52%, com analistas considerando um resultado operacional mais fraco do que o esperado.
Nem mesmo o balanço considerado histórico da Petrobras, com lucro de quase R$ 60 bilhões, foi suficiente para “salvar” a companhia da sangria do pregão de hoje. As ações ON e PN da estatal recuaram 3,87% e 4,96%, respectivamente. Inclusive, a crise envolvendo a petrolífera que explodiu na última sexta-feira já começa a mostrar seus impactos no mercado acionário, com a saída de R$ 9,2 bilhões na Bolsa de investidores estrangeiros.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou o dia em alta de 1,72%, cotado a R$ 5,5140, impactado pela pressão externa e por novos ruídos internos envolvendo a PEC Emergencial. O Banco Central mais uma vez fez uma intervenção no mercado, mas só conseguiu um ajuste pontual na trajetória da moeda americana.
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