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Fechamento B.Side: Ibovespa leva susto no começo da sessão, mas sobe aos 111 mil pontos; dólar dispara a R$ 5,66 mesmo com intervenção do BC

Fechamento B.Side: Ibovespa leva susto no começo da sessão, mas sobe aos 111 mil pontos; dólar dispara a R$ 5,66 mesmo com intervenção do BC

Em alta pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa fechou o dia com valorização de 1,09%, aos 111.539,80 pontos, impulsionado pela forte procura por papéis do setor bancário e de commodities. Mas, apesar do fechamento no azul, o dia começou tenso, com o mercado ainda reagindo à notícia de elevação da CSLL de 20% para 25% para os grandes bancos como forma de compensar a isenção de impostos federais sobre o óleo diesel e o gás de cozinha. No entanto, o pessimismo foi exagerado e investidores passaram a considerar que os bancos repassarão boa parte dos impostos ao consumidor, fato que deverá encarecer o crédito.

As ações de Itaú Unibanco PN dispararam 4,04%, enquanto Bradesco PN acelerou 2,70%, assim como Banco do Brasil ON, que registrou alta de 3,84%. Já os papéis de Vale ON subiram 3,07%, acompanhados por valorização de 2,56% de CSN ON e de 2,49% de Bradespar PN.

Pelo lado negativo, as ações de empresas aéreas e ligadas ao turismo caíram em bloco diante da aceleração da pandemia de covid-19 no País. Há no radar a possibilidade de adoção de novos lockdowns em diversos estados brasileiros como São Paulo. Gol PN caiu 2,95%, Azul PN recuou 3,15% e CVC ON se desvalorizou 1,69%.

Além disso, hoje, em participação no podcast Primocast, gravado na sexta-feira e divulgado nesta terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que trabalha com a ideia de criar um programa de transferência de renda ligado aos dividendos da Petrobras. Guedes ainda reafirmou seu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro e manifestou que não tem nenhuma pretensão de deixar o cargo.

Outro ponto de atenção foi a desidratação da PEC Emergencial, com a retirada da desvinculação constitucional dos gastos com saúde e educação e voltando atrás no dispositivo que revogava os repasses do PIS/Pasep para o BNDES. Apesar da retirada de alguns trechos, o fato a ser comemorado foi a manutenção de gatilhos para contenção de despesas da União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

Lá fora, o sentimento foi de maior aversão a risco, com as bolsas americanas fechando no vermelho, apesar de avanços para a aprovação do novo pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos. O líder da maioria no Senado americano, Chuck Schumer, garantiu nesta terça-feira que o auxílio será aprovado na Casa. A proposta deve começar a ser analisada amanhã pelos senadores e há expectativa de que o pacote seja devolvido para a Câmara na próxima semana.

No mercado de câmbio, o dólar à vista encerrou em alta de 1,17%, cotado a R$ 5,6660, impactado pelo aumento de incertezas políticas. Nem mesmo intervenções do Banco Central ao longo do dia impediram a moeda americana de se aproximar do patamar de R$ 5,70, fazendo com que o real apresentasse o pior desempenho em relação ao dólar no mercado internacional, considerando uma cesta de 34 moedas.

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