
Em um cenário de cautela à espera das decisões de política monetária no Brasil e no exterior nesta semana, o Ibovespa registrou leve alta de 0,61%, aos 114.850,74 pontos. No âmbito doméstico, novamente ruídos políticos estiveram presentes, desta vez relacionados à possibilidade de saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Hoje, depois da recusa da médica Ludhmila Hajjar, o cardiologista Marcelo Queiroga se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, aumentando as especulações sobre a troca.
No exterior, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que serão enviados 100 milhões de cheques em 10 dias para a população americana. O anúncio deu impulso no final da sessão às bolsas de Wall Street, que passaram por um dia de forte volatilidade, também à espera do anúncio do Federal Reserve na quarta-feira. Houve um temor adicional nos mercados internacionais por conta de países como Itália, Alemanha e França suspendendo a vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford.
Entre os destaques da B3, as ações de Gol PN (+5,66%) e Azul PN (+4,16%) tiveram fortes ganhos, acompanhando o movimento de aceleração dos papéis do setor nos Estados Unidos, após o país registrar na sexta-feira em seus aeroportos o maior tráfego em um ano. Por lá, United Airlines avançou 8,28%, enquanto a American Airlines teve alta de 7,68%.
Já as ações de Copel PNB tiveram a maior alta do dia, disparando 7,30%, com investidores otimistas pelo possibilidade de migração da companhia para o Nível 2 de governança corporativa da B3.
Os papéis de Sabesp ON subiram 2,41% com a notícia de que o governador de São Paulo, João Doria, cogita convidar Roberto Castello Branco, atual CEO da Petrobras, para presidir a companhia de saneamento.
Pelo lado negativo, as ações de Suzano ON recuaram 1,89% e as units de Klabin perderam 2,44%, diante da perspectiva de um dólar mais fraco no cenário de curto prazo, principalmente depois da aprovação da PEC Emergencial, apesar da alta de hoje.
Os papéis de Vale ON se desvalorizaram 0,60% e as de CSN ON caíram 4,76%, acompanhando o movimento de queda do minério de ferro na China.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,44%, cotado a R$ 5,6395, destoando de boa parte dos pares emergentes. O Banco Central novamente atuou ativamente, promovendo um leilão de moeda à vista superior a US$ 1 bilhão na parte da tarde. Antes disso, logo na abertura, o BC já havia feito um leilão de swap cambial de US$ 500 milhões.

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