Acompanhando o tom mais cauteloso no exterior, o Ibovespa operou sem fôlego e fechou praticamente estável, em leve queda de 0,02%, aos 117.498,87 pontos. Em Wall Street, as bolsas de Nova York também encerraram com uma pequena desvalorização, em movimento de correção após recordes vistos ontem.
No âmbito doméstico, não houve nenhuma grande novidade a respeito das discussões sobre o Orçamento de 2021. O dia no Brasil também foi marcado por discursos de autoridades. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou a preocupação com o cenário fiscal do País e reiterou o plano da instituição em promover um ciclo de alta mais intenso da taxa Selic. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a política fiscal mais importante para o Brasil neste momento é a vacinação contra a covid-19.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em forte queda de 1,41%, cotado a R$ 5,5998, acompanhando a fraqueza da moeda americana no exterior em comparação com países emergentes. Além disso, o câmbio repercutiu a sinalização de Campos Neto de aumento mais rápido da taxa básica de juros.
Entre os destaques da B3, as units de SulAmérica avançaram 4,39%. Em 2021, a companhia ainda registra queda superior a dois dígitos.
Os papéis de B2W ON subiram 2,27% e de Magazine Luiza ON registraram alta de 0,98%. Ambas as companhias têm um segmento de e-commerce mais consolidado, com o mercado considerando que devem sofrer menos com as restrições impostas pela pandemia. Somado a isso, os juros globais em queda também são vistos como positivos para as empresas de tecnologia.
Pelo lado negativo, as ações de Vale ON recuaram 1,10%, em um movimento de realização de lucro um dia depois de renovar sua máxima histórica de fechamento. Apesar da queda pontual, as perspectivas de demanda para o minério de ferro na China seguem positivas.
O setor bancário caiu em bloco, influenciado pelas falas de Campos Neto, que demonstrou maior preocupação com o cenário fiscal do País. Os papéis de Bradesco PN tombaram 1,69%, seguidos por Itaú Unibanco PN (-1,09%), Banco do Brasil ON (-1,30%) e as units de Santander (-0,82%).
Deixe um comentário