Pressionado por um tom negativo no exterior e pelo desempenho ruim das empresas ligadas a commodities, o Ibovespa caiu 1,07%, aos 116.642,62 pontos. Este foi o terceiro pregão consecutivo de queda para o índice, que já acumula uma desvalorização semanal de 3,8%. A Bolsa até chegou a operar no campo positivo nesta quarta-feira, no entanto a pressão vendedora se sobressaiu em um dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, que contribui para uma volatilidade maior.
Em Wall Street, as bolsas de Nova York fecharam em queda, com investidores digerindo a ata do Fomc, divulgada na tarde desta quarta-feira, que reforçou a visão do mercado de que o Federal Reserve, o banco central americano, pode anunciar na próxima reunião mais detalhes sobre a possibilidade de retirada de estímulos e o início do processo de redução de compras de ativos (conhecido como “tapering”).
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,99%, cotado a R$ 5,3749, com renovadas preocupações domésticas fiscais e políticas. Houve relatos nesta quarta de que o TCU pode aprovar o edital do leilão do 5G com uma brecha para até R$ 2,5 bilhões em gastos fora do teto. Somado a isso, as moedas emergentes também tiveram um dia negativo em relação à moeda americana.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Braskem PNA aceleraram 4,21%, depois de a companhia anunciar uma nova parceria com a Nexeo Plastics, em um acordo que ampliará a distribuição internacional da petroquímica para os mercados da Europa e da América do Norte.
Já os papéis dos setores aéreo e de turismo subiram em bloco, recuperando-se dos recentes tombos na Bolsa. Embraer ON avançou 3,69%, CVC ON ganhou 3,09%, Azul PN registrou alta de 1,09% e Gol PN teve acréscimo de 1,06%.
Pelo lado negativo, as mineradoras e siderúrgicas foram bastante pressionadas pela queda do minério de ferro, que atingiu o menor patamar em seis meses. Vale ON caiu 3,36%, CSN ON se desvalorizou 2,31%, Gerdau PN recuou 0,86% e Usiminas PNA registrou baixa de 4,73%.
Em uma sessão marcada por perdas expressivas de companhias ligadas a commodities, as exportadoras de papel e celulose também sofreram. As units de Klabin tombaram 3,85% e as ações de Suzano ON perderam 2,04%.
Deixe um comentário