O primeiro pregão de 2022 foi marcado por aversão a risco, principalmente pelas ações ligadas à economia doméstica, pressionadas pela alta dos juros futuros. Nesse cenário, o Ibovespa, na contramão dos pares no exterior, registrou queda de 0,86%, aos 103.921,59 pontos. A desvalorização do índice só não foi maior porque os principais nomes da Bolsa, casos de Vale, Petrobras e do setor bancário operaram no campo positivo.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, impulsionadas, principalmente, pelas ações de Tesla, que dispararam mais de 13%, após a montadora de Elon Musk apresentar entrega de veículos recorde no quarto trimestre. Já os papéis de Apple atingiram a marca inédita de US$ 3 trilhões em valor de mercado, mais que o dobro do tamanho do PIB do Brasil.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 1,56%, cotado a R$ 5,6627, em linha com a força da moeda americana ante pares do exterior. Novos ruídos relacionados ao cenário fiscal também ajudaram na depreciação do real, após o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), defender uma revisão do teto de gastos.
Destaques da Bolsa
Em uma sessão majoritariamente negativa para os papéis da Bolsa, as blue chips foram os destaques positivos do dia na B3. As ações de Petrobras ON e PN subiram 2,67% e 2,25%, respectivamente, assim como Vale ON, que se valorizou 0,05%. O setor bancário também avançou em bloco, com Itaú PN ganhando 2,77%, Bradesco ON registrando alta de 2,50% e as units de Santander com acréscimo de 2,54%.
Pelo lado negativo, ações do setor de construção, de tecnologia e de varejo foram as principais impactadas pela aceleração dos juros futuros diante de ruídos em Brasília. Cyrela ON tombou 7,99%, Eztec ON recuou 5,13%, Magazine Luiza ON perdeu 6,93%, Via ON caiu 5,14%, Totvs se desvalorizou 3,98% e Méliuz ON teve baixa de 5,86%.
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