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Fechamento B.Side: Ibovespa tomba aos 111 mil pontos com mercado temeroso por sanções ao petróleo russo e possível intervenção na Petrobras

Em mais uma sessão de forte aversão global para os ativos de risco, o Ibovespa registrou forte queda de 2,52%, aos 111.593,46 pontos. Mesmo com a valorização do petróleo, as ações de Petrobras recuaram com força, após o mercado receber negativamente a notícia de uma possível interferência na companhia. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que acionistas da Petrobras deem uma “cota de contribuição” em tempos de guerra, com a suspensão temporária dos reajustes dos combustíveis apenas durante o conflito geopolítico.

Em Wall Street, as bolsas americanas também registraram fortes perdas, com investidores cada vez mais preocupados com a disparada no preço do petróleo, atingindo seu mais alto níveis desde 2008, decorrente do conflitos entre Rússia e Ucrânia, que pode desacelerar a economia global e gerar mais inflação. Há expectativa de que os Estados Unidos e seus aliados proíbam a importação de petróleo e gás natural da Rússia.

No mercado de câmbio, o dólar à vista teve um dia volátil, mas encerrou a sessão praticamente estável, em leve alta de 0,03%, cotado a R$ 5,0797. Novamente foi visto um ingresso de fluxo estrangeiro, diante de um cenário de elevação das commodities, contudo as notícias domésticas envolvendo a Petrobras diminuíram o apetite dos investidores.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, apenas sete ações encerraram no campo positivo, com maior destaque para valorização de 3,04% de Vale ON, beneficiada pela alta do minério de ferro na China. Bradespar PN, importante acionista da mineradora, saltou 2,67%.

Completaram as altas do dia Rumo ON (+1,97%), Marfrig ON (+1,62%), Suzano ON (+1,31%), Klabin units (+0,78%) e CSN Mineração ON (+0,59%).

Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN tombaram 7,66% e 7,10%, respectivamente, mesmo em uma sessão na qual o petróleo disparou no mercado internacional. Pesou sobre a estatal o temor do mercado sobre uma possível intervenção governamental sobre a política de preços da empresa.

A valorização do petróleo também atingiu em cheio as companhias aéreas e empresas ligadas ao turismo, já que são pressionadas por uma elevação dos custos, além de seguir o movimento de queda dos pares internacionais. Azul PN derreteu 18,00%, Gol PN desabou 16,82% e CVC ON caiu 10,49%.

Os papéis do setor de varejo tiveram mais um pregão negativo, diante de uma perspectiva de aumento da inflação, o que pode desencadear uma extensão no ciclo de alta dos juros. Americanas ON se desvalorizou 10,24%, Natura ON perdeu 8,60%, Lojas Renner PN cedeu 8,91%, Alpargatas PN registrou baixa de 9,88% e Petz ON teve decréscimo de 8,96%.

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