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Fechamento B.Side: acompanhando tom negativo em NY, Ibovespa tomba aos 111 mil pontos pressionado por commodities e temores com inflação; dólar sobe a R$ 5,05

Acompanhando a piora do humor nos mercados acionários de Nova York no período da tarde, o Ibovespa registrou baixa de 1,72%, aos 111.713,07 pontos. O índice foi pressionado, principalmente, por papéis mais sensíveis ao cenário econômico doméstico, mas também foi penalizado por empresas ligadas a commodities. Por aqui, pesou a divulgação do IPCA, que teve alta de 1,01% em fevereiro. Diante do reajuste de preços da Petrobras, investidores interpretam que a inflação será mais duradoura que o esperado no País. Na semana, a Bolsa acumulou desvalorização de 2,41%.

Em Wall Street, as bolsas americanas encerraram a sessão em queda, com o índice Dow Jones registrando sua quinta semana consecutiva no vermelho. O mercado seguiu acompanhando de perto os conflitos entre Rússia e Ucrânia. À tarde, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou novas sanções contra os russos, assim como a União Europeia (UE), incluindo rebaixamento de status comercial, além de veto a investimentos e importação de diamantes e vodca.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,76%, cotado a R$ 5,0541, em linha com o comportamento da moeda americana ganhando força em relação a outras divisas, em um contexto de cautela no exterior. Na semana, o dólar caiu 0,47%.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, apenas oito papéis encerraram o pregão no campo positivo. Liderando os ganhos da sessão, as ações de Telefônica Brasil ON subiram 1,16%. Sem notícias específicas, a empresa, considerada resiliente pelo mercado, acumula ganhos superiores a 20% no período de um ano.

Pelo lado negativo, as ações de construtoras recuaram em bloco, penalizadas pela decepção do mercado com o balanço do quarto trimestre de 2021 de Tenda, que derreteu 25,14%. Assim, MRV ON desabou 11,89%, Cyrela ON perdeu 4,24% e Eztec ON cedeu 6,44%.

Após a leitura da inflação de hoje, com o risco dos juros surpreenderem para cima, investidores voltaram a castigar empresas dos setores do varejo e de tecnologia. Méliuz ON se desvalorizou 8,37%, as units de Banco Inter registraram baixa de 5,01%, Americanas ON teve decréscimo de 6,82% e Soma ON caiu 6,40%.

Já empresas ligadas a commodities também tiveram uma sessão negativa mesmo com valorização do petróleo e preços favoráveis do minério de ferro. Os papéis de Petrobras ON e PN perderam 2,36% e 3,59%, respectivamente, enquanto Vale ON tombou 0,52%.

Por fim, as BDRs de Nubank caíram 5,72%, com os papéis da companhia atingindo suas mínimas desde o IPO. A empresa foi diretamente impactada pela notícia de que o Banco Central ampliará exigências para instituições de pagamentos, medida que atinge fintechs como Nubank.

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