Novamente pressionado pelo desempenho e na contramão das bolsas de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 0,88%, aos 108.959,30 pontos, na quarta sessão consecutiva do índice no vermelho. A forte desvalorização de importantes nomes da Bolsa como Petrobras e Vale, impactadas pelo petróleo e minério de ferro, respectivamente, além do setor bancário foi determinante para mais um pregão negativo.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram com força, com o S&P 500 registrando seu primeiro ganho em quatro dias, diante de uma leitura de inflação no atacado mais leve do que o esperado e um arrefecimento nos preços do petróleo, cotado abaixo de US$ 100 o barril. Os investidores seguiram monitorando os desdobramento do conflito entre Rússia e Ucrânia, além dos bloqueios na China para tentar controlar o surto de covid-19, que podem dificultar ainda mais os estragos na cadeira de suprimentos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve alta de 0,77%, cotado a R$ 5,1587, com agentes adotando posições mais defensivas antes da reunião de política monetária do Federal Reserve, que ocorrerá amanhã e deverá aumentar as taxas de juros dos Estados Unidos pela primeira vez desde 2018.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, papéis descontados do índice, ligados à economia doméstica, buscaram uma recuperação pontual nesta terça-feira. Petz ON disparou 6,43%, Natura ON acelerou 5,01% e Cielo ON subiu 5,33%.
Já as companhias aéreas e de turismo avançaram em bloco, se aproveitando da queda do petróleo no mercado internacional. Azul PN registrou alta de 6,86%, Gol PN teve acréscimo de 3,07% e CVC ON ganhou 0,90%.
Pelo lado negativo, as ações de Petrobras foram impactadas novamente pela desvalorização do petróleo. Os papéis ON e PN da estatal tombaram 1,54% e 2,35%.
As mineradoras e siderúrgicas também recuaram em bloco, diante da sexta sessão consecutiva de perdas para o minério de ferro. Vale ON perdeu 2,73%, Gerdau PN cedeu 4,75%, CSN ON caiu 3,45% e Usiminas PNA se desvalorizou 3,87%.
Por fim, as ações de Magazine Luiza ON derreteram 8,26%, após a companhia divulgar o balanço do quarto trimestre de 2021, considerado decepcionante pelo mercado, com queda nas lojas físicas, baixa de margens e desaceleração das vendas diante de um cenário de competição mais exacerbado, somado a um cenário macroeconômico mais desafiador com inflação nas alturas e Selic em trajetória de alta.
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