Em sessão volátil, o Ibovespa ensaiou acabar com a sequência de sete pregões consecutivos de valorização, mas virou de sinal no final do pregão e registrou leve alta de 0,02%, aos 119.081,13 pontos, renovamento o número para oito sessões de ganhos. O índice foi impactado negativamente pela queda de exportadoras e companhias ligadas a commodities, parte impactadas pela desvalorização do dólar e parte por um movimento de realização de lucros. Na semana, a Bolsa subiu 3,26%.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas operaram próximas da estabilidade, com os índices Dow Jones e S&P 500 no azul e o Nasdaq no vermelho, com o mercado ainda avaliando o tom mais agressivo adotado pelo Federal Reserve e o noticiário envolvendo a guerra entre Rússia e Ucrânia. Os índices acionários americanos acumularam valorização pela segunda semana seguida.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,75%, cotado a R$ 4,7473, no oitavo dia seguido de baixa, impulsionado pelo IPCA-15. O índice que é considerado a prévia da inflação oficial registrou avanço de 0,95% em março, a maior alta para o mês desde 2015, e acima das projeções do mercado. O número acima do esperado alimenta apostas de que o Banco Central não vai parar de subir os juros na próxima reunião de maio. Na semana, o dólar se desvalorizou 5,35%.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Cogna ON dispararam 19,48%, após a empresa reverter prejuízo e registrar lucro líquido contábil de R$ 65 milhões no quarto trimestre de 2021, com o mercado avaliando como positiva a reestruturação da companhia. Ainda no setor de educação, os papéis de Yduqs ON acelerou 9,05%.
As companhias aéreas e empresas ligadas ao turismo também tiveram um pregão de recuperação, já que o setor foi um dos mais penalizados no curto prazo, além de serem beneficiadas pela desvalorização do dólar. Azul PN subiu 6,82%, Gol PN avançou 4,00% e CVC ON teve acréscimo de 3,70%.
Pelo lado negativo, as exportadoras de papel e celulose registraram as piores perdas da sessão, impactadas negativa pela trajetória de baixa do dólar ante o real, já que sua receita está atrelada à moeda americana. As units de Klabin tombaram 6,13%, enquanto Suzano ON caiu 6,00%.
Os frigoríficos também recuaram em bloco, com exceção de BRF ON (+0,18%), devolvendo parte dos ganhos do dia anterior. JBS ON recuou 3,72%, Marfrig ON perdeu 3,72% e Minerva ON teve decréscimo de 0,09%.

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