B.Side Insights

Daily report

Fechamento B.Side: pressionado por Petrobras e Vale, Ibovespa recua aos 115 mil pontos; dólar cai a R$ 4,64 com mercado revisando inflação e Selic para cima

Pressionado pela queda de importantes nomes do índice como Petrobras e Vale, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,43% aos 115.687,25 pontos. Além disso, o recuo da Bolsa pode ser explicado por uma cautela adicional do mercado com temores renovados em relação às contas públicas, com notícias de descontentamento de servidores públicos com o reajuste de 5% aprovado pelo governo federal. Investidores também acompanham a possibilidade de o governo ter de arcar com uma bomba fiscal de cerca de R$ 25,5 bilhões, que pode aumentar a pressão política por flexibilização do teto de gastos em ano de eleições.

Em Wall Street, as bolsas americanas encerraram a sessão no campo vermelho, mas próximas da estabilidade, com investidores atentos ao desempenho do mercado de renda fixa, avaliando as pressões inflacionárias e acompanhando o avanço dos rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos. O papel com vencimento de 10 anos atingiu o patamar de 2,88%, nível mais alto desde o final de 2018. Vale lembrar que o título operava em 1,71% no início de março, mas disparou quando o Federal Reserve adotou uma postura mais agressiva de aperto monetário.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,02%, cotado a R$ 4,6482, com economistas revisando inflação e taxa Selic para cima, principalmente depois de o IGP-10 subir 2,48% em abril, reforçando a possibilidade de o Banco Central ter que prolongar o ciclo de alta de juros.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as units de Banco Inter dispararam 4,42%, na maior alta da sessão, após a empresa anunciar a retomada da reestruturação para listagem de suas ações no índice Nasdaq, em Nova York.

Já os papéis do setor bancário avançaram em bloco, limitando a queda do Ibovespa, com investidores avaliando que nomes do segmento são considerados “mais seguros” para se proteger do risco inflacionário e da perspectiva de alta de juros. Banco do Brasil ON acelerou 3,69%, Bradesco PN subiu 1,77%, as units de Santander ganharam 1,12% e Itaú PN se valorizou 0,57%.

Pelo lado negativo, a maioria das ações ligadas a commodities teve um dia de perdas, em movimento de correção, mesmo com o preço das matérias-primas ainda em patamares elevados. Somado a isso, agentes do mercado também percebem um apetite menor do investidor estrangeiro, com entrada reduzida de capital no Brasil. Petrobras ON caiu 1,81%, Vale ON recuou 1,65%, CSN ON cedeu 2,71% e Suzano ON se desvalorizou 2,82%.

Outro setor bastante impactado na sessão foi o de companhias aéreas e de turismo, pressionadas pelo avanço do petróleo. Gol PN perdeu 3,11%, Azul PN teve baixa de 1,09% e CVC ON registrou decréscimo de 0,21%.

Por fim, as ações de Totvs ON tombaram 2,51%, dando continuidade ao movimento de realização de lucros que começou na quinta-feira, quando o papel caiu mais de 4%. Em 2022, a companhia registra uma valorização superior a 20%.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Artigo anterior B.Side Daily Report: bolsas digerem PIB da China acima do esperado; Ministério da Economia detalha hoje PLDO de 2023
Próxima artigo B.Side Daily Report: Bolsas caem com riscos inflacionários e aperto do Fed; Guedes e Campos Neto participam de evento do FMI