Pressionado pelo desempenho negativo de papéis ligados a commodities, o Ibovespa registrou queda de 0,35%, aos 110.684,95 pontos, em sua sexta sessão consecutiva de desvalorização. A classe de ativos foi prejudicada pela aversão ao risco no exterior, especialmente com o avanço da covid-19 na China. Somado a isso, a sinalização de um aperto monetária mais agressivo do Federal Reserve também segue no radar.
Em Wall Street, após iniciarem o pregão no vermelho, as bolsas americanas inverteram de sinal e subiram em bloco, com a possibilidade de uma desaceleração econômica global pressionado para baixo as taxas de juros dos Estados Unidos. Assim, ações ligadas ao setor de tecnologia se beneficiaram, na semana em que gigantes como Amazon, Apple, Alphabet (dona do Google), Meta Platforms (dona do Facebook) e Microsoft divulgarão seus balanços. Já as ações de Twitter dispararam 5% após confirmação de que a companhia aceitou o acordo de compra do bilionário Elon Musk, em uma operação avaliada em cerca de US$ 44 bilhões.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,47%, cotado a R$ 4,8755, com investidores adotando cautela em relação aos temas China e Fed. O movimento também reflete uma realização de lucros do real, que se valoriza cerca de 20% em 2022.
Destaques da Bolsa
Entre os principais destaques do dia na B3, as ações de Ambev ON aceleraram 2,51%, com analistas destacando a proximidade com o Carnaval fora de época e, por consequência, a possibilidade de aumento das vendas e das receitas da companhia.
Já setores como de educação e de construtoras se beneficiaram em um movimento de rotações de ativos nas carteiras dos investidores. Cogna ON disparou 3,57%, Yduqs ON registrou alta de 2,52%, Cyrela ON ganhou 2,23%, Eztec ON subiu 2,20% e MRV ON avançou 1,95%.
Pelo lado negativo, ações ligadas a commodities foram as principais responsáveis por empurrar a Bolsa para baixo. Vale ON caiu 1,70%, CSN ON cedeu 2,64%, Petrobras PN se desvalorizou 1,47% e Gerdau PN registrou queda de 2,02%.
Por fim, as ações de BRF ON tombaram 3,65%, mesmo com a valorização do dólar contra o real. Por trabalhar menos com proteína de gado do que as concorrentes, a BRF é mais pressionada pela alta do milho. Ainda no setor de frigoríficos, Marfrig ON perdeu 1,12% e JBS ON recuou 0,63%.
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