Em alta pelo quinto pregão consecutivo, o Ibovespa se valorizou 0,52%, aos 108.789,33 pontos, mesmo com a queda de importantes nomes da Bolsa como Vale e Petrobras. Pesou para a manutenção do rali doméstico o sentimento positivo para os mercados globais, com agentes do mercado considerando que uma recessão nos Estados Unidos é menos provável do que agentes consideravam há pouco tempo.
Em Wall Street, as bolsas americanas registraram fortes ganhos, se recuperando após semanas de perdas. Investidores ainda avaliaram as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, após afirmar que o banco central americano pode ser mais agressivo se a inflação não for aliviada nos Estados Unidos e que não hesitará em subir os juros americanos além da taxa neutra, se necessário.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 2,15%, cotado a R$ 4,9429, refletindo o cenário de menor aversão a risco no exterior. O bom humor do mercado também refletiu o relaxamento das medidas de isolamento social adotadas na China para conter o surto de covid-19, além de dados econômicos positivos divulgados nos EUA e na Europa.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Locaweb ON dispararam 11,15%, em um movimento de recuperação. Apesar da forte valorização na sessão, a companhia ainda registra perdas superiores a 10% no mês de maio.
Já as ações do setor de educação registram fortes ganhos, com o mercado em busca de papéis considerados mais arriscados e descontados. Somado a isso, as companhias do segmento foram muito penalizadas pelas restrições de covid-19 e há discussões sobre a possibilidade de ampliação de créditos de incentivo a os estudos. Cogna ON acelerou 5,86% e Yduqs ON avançou 4,34%.
Pelo lado negativo, as ações de Hapvida ON derreteram 16,84%, depois de a empresa registrar prejuízo líquido consolidado de R$ 182 milhões no primeiro trimestre de 2022. Apesar do mercado já esperar um balanço fraco, analistas foram surpreendidos por uma sinistralidade alta. O BTG Pactual afirmou que a Hapvida teve seu pior resultado desde o IPO em abril de 2018.
Já os papéis de Magazine Luiza ON tombaram 11,46%, após a companhia reportar um prejuízo de R$ 161,3 milhões no primeiro trimestre de 2022. Segundo o BTG Pactual, os resultados de Magalu foram considerados fracos, ainda que o Ebitda tenha vindo melhor do que o esperado, mas com grande queima de caixa.
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