Pressionado pelo tom negativo nos mercados acionários globais, principalmente em Nova York, o Ibovespa registrou queda de 1,15%, aos 111.102,32 pontos. Além do cenário externo mais avesso ao risco, o ambiente doméstico também foi tomado por novos temores fiscais, depois de membros do governo terem levantado a hipótese de decretar um estado de calamidade por conta da alta nos preços dos combustíveis.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, digerindo um relatório de empregos, o chamado payroll, mais forte do que o esperado e, consequentemente, a possibilidade de uma política monetária ainda mais restritiva por parte do Federal Reserve. De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, em maio foram geradas 390 mil vagas de emprego, enquanto o esperado eram 328 mil postos. Já a taxa de desemprego foi a 3,6%, 0,1% acima do esperado por economistas.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,20%, cotado a R$ 4,7787, em sessão volátil. Por um lado, juros em patamares altos no Brasil e reabertura da China favorecendo commodities ajudaram o real, enquanto notícias recorrentes de tentativas de segurar o aumento de preço dos combustíveis impediram uma apreciação maior da moeda brasileira.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN subiram 2,55% e 1,75%, respectivamente, acompanhando a valorização de cerca de 3% dos preços do petróleo no mercado internacional.
Já os papéis de Natura ON avançaram 2,75%, no sentido contrário das varejistas, registrando sua quarta sessão consecutiva de ganhos, em ritmo de recuperação pelas perdas da última semana.
Pelo lado negativo, ações de setores como varejo, construção e tecnologia voltaram a sofrer com a aceleração dos juros futuros. Méliuz ON derreteu 6,74%, Magazine Luiza ON tombou 5,53% e Americanas ON caiu 5,83%.
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