Pressionado por conta da forte aversão a risco global após a leitura negativa de um dos principais indicadores de inflação dos Estados Unidos, o Ibovespa registrou baixa de 1,51%, aos 105.481,23 pontos. A baixa mais branda do que em Nova York, por exemplo, pode ser justificada por um IPCA de maio melhor do que o esperado, divulgado na última quarta-feira, mas que ainda segue repercutindo. Na semana, a Bolsa brasileira teve forte desvalorização de 5,06%.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, depois de o índice de preços ao consumidor (CPI) de maio dos Estados Unidos voltar a ganhar força, reportando uma alta de 1,0% na comparação mensal e aceleração de 8,6% em base anual, acima das expectativas do mercado. Além disso, um dado de sentimento do consumidor atingiu uma baixa recorde, contribuindo para o pessimismo da sessão. Assim, investidores retomam sua preocupação em relação à possibilidade de uma política monetária mais agressiva por parte do Federal Reserve, que terá reunião na próxima quarta-feira.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,49%, cotado a R$ 4,9886, em um dia de fortalecimento da moeda americana em relação à maioria das divisas. Na sessão, o dólar chegou a ultrapassar novamente o patamar de R$ 5,00, mas perdeu força e não sustentou o nível psicológico.
Destaques da Bolsa
Entre os principais destaques do dia na B3, as ações de Qualicorp ON dispararam 7,39%, com agentes do mercado atribuindo a boa perfomance à decisão do STJ da última quarta-feira, que desobrigou planos de saúde de cobrir procedimentos fora da lista da ANS. Ainda no setor de saúde, Fleury ON ganhou 0,46%.
Pelo lado negativo, varejistas voltaram a sofrer com a aversão a risco global, mesmo com melhora de 0,9% das vendas do comércio em abril ante março. Os papéis de Americanas ON derreteram 10,63% e, em menor proporção, Petz ON tombou 5,67%, Lojas Renner ON caiu 4,52%% e Natura ON perdeu 5,27%.
Por fim, as ações de Eletrobras ON e PNB recuaram 4,74% e 6,59%, respectivamente, com o mercado ajustando o preço da companhia depois da confirmação de que o preço por papel na oferta pública de ações da companhia foi fixado em R$ 42.
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