Pressionado por mais uma sessão de aversão a risco global, o Ibovespa registrou forte queda de 2,73%, aos 102.598,18 pontos, em seu sétimo pregão consecutivo no campo negativo. Em uma semana marcada por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, novamente os temores em relação à inflação global voltaram à tona, adicionando volatilidade e busca por ativos considerados mais seguros nos mercados acionários.
Em Wall Street, as bolsas americanas afundaram em bloco, com o índice S&P 500 alcançando a mínima do ano, em seu nível mais baixo desde março de 2021. O sentimento de cautela do mercado aumentou depois de o Wall Street Journal publicar que o Fed considera aumentar a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,75% ponto percentual na quarta-feira, mais do que o aumento de meio ponto esperado atualmente.
No mercado de câmbio, o dólar à vista disparou 2,54%, cotado a R$ 5,1151, com o fluxo cambial em direção à economia americana, por conta das maiores apostas de aperto monetário mais forte por parte do Fed, e saída dos mercados emergentes.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, apenas quatro ações encerraram o pregão no campo positivo: Cielo ON (+1,32%), Suzano ON (+0,70%), EDP Brasil ON (+0,64%) e Taesa units (+0,30%).
Pelo lado negativo, ações ligadas ao setor aéreo e de turismo lideraram as perdas. Gol PN derreteu 14,46%, Azul PN tombou 10,92% e CVC ON caiu 11,72%.
Papéis de setores mais sensíveis à economia doméstica também voltaram a sofrer com a disparada dos juros futuros. Méliuz ON recuou 11,11%, Locaweb ON perdeu 9,67%, Via ON registrou baixa de 9,89% e Petz ON se desvalorizou 9,87%.
Deixe um comentário