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Fechamento B.Side: Ibovespa tem sessão de perdas pressionado por exterior negativo, mas mantém os 100 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,26

Pressionado por nova sessão de aversão a risco nos mercados globais, o Ibovespa registrou queda de 0,17%, mas manteve o patamar psicológico de seis dígitos, aos 100.591,41 pontos. O índice só não teve desempenho pior, porque o pregão foi marcado por nova valorização de nomes ligados a commodities, como Vale e Petrobras.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, repercutindo falas de dirigentes do Federal Reserve, que confirmaram a expectativa do mercado que o banco central americano deve adotar uma política monetária restritiva para conter a escalada da inflação nos Estados Unidos, retomando os temores de investidores de uma possível recessão.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,60%, cotado a R$ 5,2660, em linha com o movimento de valorização da moeda americana ante outros pares. Além disso, o mercado segue atento aos ruídos fiscais e políticos, com a possibilidade de o governo aumentar ainda mais o recursos do Auxílio Brasil, além de elevar a periodicidade do vale-gás de bimestral para mensal.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, Vale ON subiu 1,79% e CSN ON avançou 0,59%, impulsionadas após o minério de ferro registrar seu segundo dia consecutivo de ganhos, beneficiado pelo relaxamento de restrições à covid-19 na China e pela perspectiva de retomada do setor imobiliário do país.

Já os papéis de BB Seguridade ON registraram ganho de 2,13%, depois de o Itaú BBA elevar a recomendação para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 32. O banco afirmou que enxerga crescimento da receita e lucratividade à medida que o ano de 2022 avança.

Pelo lado negativo, as companhias aéreas e ligadas ao turismo voltaram a ser pressionadas diante da alta do petróleo do mercado internacional e da valorização do dólar. Pesa ainda sobre o setor os temores relacionados ao crescimento global, que tendem a diminuir a demanda por voos e viagens. CVC ON perdeu 5,06%, Gol PN caiu 3,77% e Azul PN cedeu 2,33%.

Empresas do segmento de varejo e tecnologia foram penalizadas por nova alta dos juros futuros. Via ON se desvalorizou 5,46%, Positivo ON teve decréscimo de 5,38%, Americanas ON teve queda de 4,35% e Méliuz ON recuou 2,52%.

Por fim, as ações de Hapvida ON tombaram 5,78%, após o Credit Suisse cortar o preço-alvo do ativo quase pela metade, de R$ 16,70 para R$ 9,50, mas mantendo a recomendação outperform (equivalente a compra). O banco afirma que houve uma revisão a respeito da previsão de ajustes limitados de tíquetes, pressões inflacionárias sobre os sinistros e crescimento orgânica difícil.

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