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Fechamento B.Side: Ibovespa perde novamente marca dos 100 mil pontos com pressões fiscais e exterior cauteloso; dólar cai a R$ 5,19 em sessão de ajuste

Em mais uma sessão marcada por cautela global nos mercados acionários, com temores por uma possível recessão global ganhando cada vez mais força, e pela manutenção dos riscais fiscais e políticos em torno do noticiário em Brasília, o Ibovespa registrou queda de 0,96%, aos 99.621,58 pontos, novamente perdendo a marca dos 100 mil pontos.

No cenário doméstico, o relator e senador Bezerra Coelho apresentou seu parecer sobre a PEC dos Combustíveis, elevando para R$ 38,75 bilhões o impacto fiscal da proposta, com a totalidade do montante fora do teto de gastos e não vinculado a nenhuma receita da União, o que foi um pedido da equipe econômica.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas muito próximas da estabilidade, com o mercado se preparando para fechar o pior primeiro semestre de um ano desde a década de 1970. Hoje, foi a vez de diversos presidentes de bancos centrais como, por exemplo, dos Estados Unidos, da Europa e da Inglaterra, discursarem em evento em Portugal, em um cenário no qual a maioria dos países luta para combater pressões inflacionárias elevadas e a atividade econômica em ritmo de desaceleração.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,39%, cotado a R$ 5,1930, com agentes do mercado considerando que as recentes altas que levaram a moeda americano para R$ 5,26 foi um movimento exagerado diante do atual preço das commodities.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de MRV ON subiram 3,41%, se beneficiando do movimento de queda da curva de juros futuros, após o governo central ter acumulado até maio um superávit de R$ 39,2 bilhões no acumulado de 2022, ante R$ 19,9 bilhões em 2021.

Já as ações de Rede D’Or avançaram 2,83%, em movimento de recuperação. No mês, a companhia acumula uma desvalorização de 18,79% e, no ano, as perdas já ultrapassam 35%. O mercado olha com preocupação para o aumento do endividamento da empresa no curto prazo.

Por outro lado, ainda no setor de saúde, os papéis de Qualicorp ON derreteram 8,38%, em sua sétima sessão seguida de perdas. Desde o dia 21 de junho, as perdas se aproximam de 16%.

A sessão também foi novamente negativa para CVC ON, que caiu 6,36%, mesmo em uma sessão em que o dólar e o petróleo tiveram tendência de baixa, o que contribui para o setor aéreo e de turismo. A preocupação em torno da desaceleração global, que pode diminuir o ímpeto dos consumidores por viagem, segue pesando para a companhia.

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