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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 102 mil pontos pressionado por Vale e Petrobras; dólar se mantém estável a R$ 5,17

Em uma sessão negativa para as commodities, principalmente o minério de ferro e o petróleo, o Ibovespa registrou queda de 0,91%, aos 102.225,08 pontos. Contribuiu para o desempenho negativo do índice a falta de apetite a risco nos mercados acionários de Nova York e a falta de drivers no noticiário doméstico. Por aqui, investidores aguardam a decisão de política monetária do Copom na quarta-feira, com ampla expectativa por uma elevação de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, que passaria dos atuais 13,25% para 13,75% ao ano.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, mas próximas da estabilidade, depois de registrarem seu melhor desempenho mensal em julho desde 2020. À espera de dados econômicos relevantes e de resultados corporativos, além de aproveitar o pregão para colocar parte dos lucros no bolso, investidores se questionam se o rali do último mês se manterá em agosto.

No mercado de câmbio, o dólar à vista operou praticamente estável, em leve alta de 0,08%, cotado a R$ 5,1786, invertendo a tendência de baixa vista durante a parte da manhã. O movimento de baixa do real foi na contramão de outras divisas que se fortaleceram contra a moeda americana na sessão. A libra teve um dia de ganhos diante da expectativa pela decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), que deve aumentar juros, enquanto o euro avançou por conta da taxa de desemprego da região.

Destaques da Bolsa

Entre os principais destaques do dia na B3, diante da queda dos juros futuros e um sentimento um pouco mais positivo para varejistas, as as ações de Magazine Luiza ON dispararam 5,43%, na maior alta da sessão. Em menor escala, Via ON subiu 1,67% e Petz ON avançou 1,55%.

Fora do índice, as ações de BK Brasil ON dispararam 18,81%, após o fundo Mubadala fazer uma oferta pública para comprar o controle da Zamp, dona do Burger King Brasil. A oferta é para a compra de 45,15% das ações de emissão da empresa, precificadas a R$ 7,55 por ação, o que faria a Mubadala deter 50,10% do capital social da companhia.

Pelo lado negativo, as mineradoras e siderúrgicas acompanharam a queda do minério de ferro, que foi pressionado por dados econômicos fracos na China. O PMI industrial chinês caiu para 49 em julho, o que significa contratação da atividade do setor, e ficou abaixo da previsão do mercado de 50,3. Assim, Vale ON caiu 2,39%, Usiminas PNA tombou 4,76%, Gerdau PN cedeu 3,23% e CSN ON se desvalorizou 3,94%.

Já as ações ligadas ao petróleo também recuaram com força, diante da desvalorização de cerca de 4% do petróleo no mercado internacional, com o mercado na expectativa pela reunião da Opep+ na quarta-feira, com temores que a organização mantenha sua meta de produção para a commodity. Petrobras ON e PN tiveram baixas de 1,25% e 1,38%, respectivamente, PetroRio ON teve decréscimo de 3,51% e 3R ON derreteu 4,76%.

Por fim, os papéis de SLC Agrícola ON caíram 4,99%, penalizados pela queda superior a 3% nos preços futuros do algodão.

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