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Fechamento B.Side: Ibovespa encosta nos 106 mil pontos após Copom sinalizar fim do ciclo de aperto monetário; dólar recua a R$ 5,22

Diante de uma perspectiva de fim do ciclo de aperto monetário no Brasil, após o Copom promover uma elevação de 0,50 ponto percentual da taxa Selic, para 13,75% ao ano, e sinalizar a possibilidade de um aumento residual em setembro, investidores foram em busca de papéis mais ligados à economia doméstica e que estavam sendo considerados descontados em setores como varejo, construção e tecnologia. Assim, o Ibovespa registrou alta de 2,04%, aos 105.892,22 pontos. Além disso, contribuiu para o cenário positivo a notícia de redução do preço do diesel nas refinarias a partir de amanhã, reduzindo a pressão sobre a inflação.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones e S&P 500 no vermelho e Nasdaq no azul, com investidores adotando cautela antes da divulgação do payroll, o relatório de empregos dos Estados Unidos, de julho e que será divulgado nesta sexta-feira, depois de os pedidos semanais de auxílio-desemprego, reportados hoje, apontarem que a força do mercado de trabalho americano está diminuindo. Somado a isso, papéis ligados ao petróleo recuaram em bloco diante de temores renovados de uma recessão global.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 1,09%, cotado a R$ 5,2204, em linha com o enfraquecimento da moeda americana em âmbito internacional. Além disso, agentes apontam que, apesar de o Banco Central apontar que o ciclo de aperto se aproxima do fim, o nível de juros ainda é muito elevado, o que favorece o carrego do real.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, ações mais ligadas ao mercado doméstico se beneficiaram de uma forte queda na curva de juros futuros. Méliuz ON disparou 15,04%, Gol PN acelerou 14,81%, Magazine Luiza ON subiu 13,99%, Via ON teve acréscimo de 12,60% e MRV ON registrou alta de 12,73%.

Pelo lado negativo, destoando de seus pares, Vale ON caiu 0,58%, pressionada pela queda do minério de ferro e por incertezas relacionadas ao rumo da economia chinesa.

Na ponta de perdas, os frigoríficos também foram penalizados por conta do medo de recessão nos Estados Unidos que pode diminuir o consumo de carne e, por consequência, afetar os números do segmento. BRF ON recuou 2,00%, Minerva ON perdeu 1,63% e JBS ON cedeu 0,73%.

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