Em sua quarta sessão consecutiva no campo negativo, o Ibovespa registrou queda de 0,61% nesta sexta-feira, aos 109.280,37 pontos, pressionado por mais um dia de forte aversão a risco global, principalmente após dados de inflação dos Estados Unidos piores do que o esperado nesta semana. Assim, investidores seguem adotando cautela à medida que a ‘Super Quarta’, na qual teremos decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, se aproxima. Na semana, a Bolsa brasileira teve um recuo de 2,69%.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o mercado temeroso com a atividade econômica após alertas de empresas. Hoje, as ações da FedEx caíram mais de 20% após a companhia afirmar que implementará iniciativas de corte de custos para lidar com volumes de remessas globais fracos à medida que a economia global “piora significativamente”. Na semana, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq tombaram 4,13%, 4,77% e 5,48%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,38%, cotado a R$ 5,2592. Durante o pregão, a moeda americana chegou a furar a barreira dos R$ 5,31, fato não visto desde o dia 3 de agosto. A possibilidade de o Fed adotar um tom mais duro seguiu levando a mercado a buscar segurança.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de BB Seguridade ON ganharam 4,02%, com investidores em busca de papéis com previsibilidade de caixa e, portanto, considerados mais defensivos.
Mesmo com uma leve alta dos juros futuros, algumas varejistas adotaram movimento de recuperação na sessão, após as fortes perdas vistas ao longo da semana. Magazine Luiza ON acelerou 2,77%, Via ON subiu 0,64% e Americanas ON ganhou 2,42%.
Pelo lado negativo, as ações de Natura ON tombaram 10,47%, após a companhia afirmar que não pensa em vender operações internacionais, sinalização considerada negativa pelo mercado.
Já os papéis de educação tiveram fortes perdas, refletindo o momento desafiador para companhias do segmento. Cogna ON se desvalorizou 9,22% e Yduqs ON recuou 5,52%.
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