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Fechamento B.Side: Ibovespa registra queda na contramão de NY e em ajuste pós-feriado; dólar opera estável a R$ 5,27

Mesmo diante de um cenário de forte apetite a risco em Nova York, o Ibovespa não conseguiu ter o mesmo fôlego e encerrou o pregão em queda de 0,46%, aos 114.300,09 pontos. A desvalorização do principal índice da B3 também pode ser explicada por um ajuste de ontem, quando a Bolsa brasileira esteve fechada por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida. No cenário local, o vencimento de opções sobre o Ibovespa também ajudou a elevar a volatilidade.

Em Wall Street, as bolsas americanas subiram com força, em um movimento surpreendente após iniciarem o dia no campo negativo. Logo pela manhã, o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de setembro registrou avanço de 0,4% em setembro e valorização anual de 8,2%, acima do esperado pelo mercado e renovando os temores em relação à inflação americana. No entanto, depois de os mercados acionários atingirem seus níveis mais baixos desde 2020, o que se viu foi uma recuperação impressionante. Papéis do setor bancário e de energia lideraram os ganhos da sessão.

No mercado de câmbio, o dólar à vista ficou praticamente estável, em leve alta de 0,02%, cotado a R$ 5,2730, em um pregão no qual a moeda americana perdeu força no exterior, diante de um fortalecimento da libra esterlina por conta da possibilidade de alta no imposto corporativo no Reino Unido.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de Braskem PNA dispararam 11,97%, dando continuidade ao movimento visto na terça-feira, quando a companhia disparou mais de 20% após notícia de uma nova proposta da gestora americana Apollo.

Já os papéis de Petrobras ON e PN aceleraram 3,13% e 2,85%, respectivamente, acompanhando a valorização superior a 2% do petróleo no mercado internacional. Em relatório mensal, a Opep reduziu a estimativa para o crescimento da demanda pela commodity em 460 mil barris em 2022 e em 360 mil barris em 2023.

Pelo lado negativo, as ações de Gol PN perderam 3,75%, depois de a companhia estimar um prejuízo por papel de cerca de R$ 1,81 no terceiro trimestre de 2022. Ainda no setor, Azul PN tombou 4,22%.

Por fim, empresas mais sensíveis aos juros, casos de construtoras e varejistas, recuaram com força após a inflação americana vir pior do que o esperado pelo mercado. Americanas ON derreteu 7,34%, Magazine Luiza ON cedeu 4,84% e MRV ON caiu 5,13%.

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